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22.6.12

G20 quer que a Europa alivie a austeridade

UE: - Onde é que eu me sento?
(Cimeira do G20 - Junho, 2012 - México)

   É estranho que o Chefe do Governo português, ou melhor, o Secretário da Chanceler, Doutor PC, continue a apostar na austeridade quando já todo o mundo pede à moribunda União Europeia que abrande com o aperto de cinto infligido às populações europeias dos países mais endividados!

«Os 20 países mais desenvolvidos do mundo vão apelar para um alívio da austeridade orçamental na Europa, tendo em conta a degradação da conjuntura, afirmou na segunda-feira, em Los Cabos (México), a subsecretária do Tesouro norte-americana.
"Vemos uma mudança no discurso europeu quanto à importância crítica do apoio à procura e ao crescimento do emprego", disse Lael Brainard, em conferência de imprensa.
"De uma forma importante, há um reconhecimento da necessidade de avaliar os planos de consolidação dos orçamentos do ponto de vista estrutural. Em suma, de reconhecer a deterioração da conjuntura económica", acrescentou.
O défice orçamental tido como "estrutural" tem em conta os buracos causados nas finanças públicas por uma conjuntura económica difícil. Por isso, em períodos de crise, é menos elevado do que o défice real. Questionado sobre se a Alemanha apoia esta ideia de aliviar a austeridade, Brainard respondeu: "Sim, percebemos da parte dos nossos parceiros alemães que eles têm em conta a procura no seu pensamento de curto prazo".
"Acreditamos piamente que vão ver isso nos documentos que vão sair do encontro (...) Vamos ver que a forte atenção ao apoio da procura, ao reforço da procura, ao facto de reconhecer que a conjuntura se deteriorou é muito importante para os europeus", afirmou Lael Brainard.
Os países do G20 comprometeram-se, no encontro de Toronto, no Canadá, em 2010, a cortar para metade o seu défice orçamental em 2013, um objetivo que a Alemanha tem vindo a recordar, mas que os Estados Unidos não deverão cumprir.

[...]»

Origem: Económico

Consumismo

"Quem quer viver num mundo
melhor e mais harmónico?"

"Quem está disposto a abandonar esse modelo
de consumismo desenfreado para alcançar isso?"


   Sem mais comentários: enquanto nós próprios não mudarmos, também o mundo não irá melhorar...

Os políticos perderam a noção!



Os políticos perderam a noção do que é o bom senso!


Pode ler-se na imprensa:

A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou hoje "impressionantes" os passos que Portugal, Espanha e Itália deram para aumentar a competitividade no mercado mundial, e voltou a sublinhar que a austeridade é tão importante como o crescimento económico.

   Isto significa que, apesar de muitas vozes dissonantes a este tipo de raciocínio, até mesmo por parte de políticos alemães, os responsáveis políticos preferem ser insensíveis à realidade e ao sofrimento das pessoas, e das famílias, e debruçam-se unicamente sobre interesses económico-financeiros que beneficiem grandes multinacionais, a Banca e os círculos de amizade e de influência dos próprios políticos. O mesmo é dizer: perderam o bom senso.

   Quando a chanceler alemã, ou qualquer outro político, ou mesmo os economistas dizem que a austeridade é importante não estão apenas a ser mentirosos, como também estão, sim, a ser burros, insensatos e insensíveis. E por quê? Porque mentem por omissão quando dizem que há necessidade de aplicar a austeridade, omitem que é na política e na Banca que esse procedimento é necessário e acabam por aplicar a austeridade à população. São burros porque ao dizerem isso pensam que as pessoas têm todas os olhos tapados e que acreditam naquilo que lhes tentam impingir. São insensatos porque decidem aplicar "soluções" injustas para o pequeno comércio e indústria e prejudiciais para o bem-estar da população, e insensíveis porque não se preocupam que as medidas implementadas possam arruinar a vida das pessoas e das comunidades em que se inserem. Em suma, apenas pensam neles e nos benefícios a retirar de tudo isto para si mesmos.

   Por que será que quando se fala em austeridade não se vê a sua aplicação aos meios responsáveis por toda esta situação que estamos a viver e que são a política e a Banca? Apenas vemos como pagadores desta situação aqueles que pouco tiveram que ver com o que se está a passar! A população, em geral, também não está isenta de responsabilidades, mas é, sem dúvida a que menos culpas tem neste cartório de irresponsabilidades.

   A austeridade não é necessária, pelo menos nos moldes que está a ser aplicada e qualquer pessoa consegue ver isso. Ela é necessária sim, mas, para ser aplicada aos políticos, só que eles não querem ver isso. Então, invertem os papéis e dizem que a população tem que pagar a crise. Que o país tem que pagar os compromissos assumidos. Mas isso não é assim, quer dizer: não devia... ser assim! É que a responsabilidade pela porcaria que foi feita não é assumida, nem paga, por quem a fez mas, sim, pelos ingénuos dos votantes, apoiantes dos Governos, e também pelos outros que tendo ido votar não elegeram esses políticos que não foram, ou não são, honestos na forma de governar.

   Porque tem um país que pagar em poucos anos uma dívida que pode ser paga no dobro ou no triplo do tempo? Simplesmente porque os senhores que emprestam dinheiro às nações querem ver os seus rendimentos proliferar rapidamente, pouco importando que isso implique sacrifícios muito pesados para pessoas que não têm culpa de nada.
Ora bem, nos dias de hoje os estados europeus são considerados "eternos", quer isto dizer que não irão ser anexados por nenhum outro. Logo, não há risco de deixarem de existir, por isso, podem pagar as suas dívidas daqui a 10 ou, até mesmo, 100 anos! Ou, nunca mesmo, como aconteceu com a Alemanha que não cumpriu ordens judiciais de indemnizar outros países por danos de guerra, e o que lhe aconteceu? Rigorosamente nada, aliás, tornou-se na maior economia da Europa. Portugal até poderia fazer o mesmo e não seria tão hediondo como foi o caso germânico.
   Poderão dizer-me que Portugal não pagar as dívidas seria injusto para com os credores! Mas os credores quando emprestam já sabem que correm o risco de ganhar muito se tudo correr de feição ou perder se o caso ficar mal parado!


   O grande problema é que quem empresta o dinheiro aos países não são outros países mas, sim, particulares que querem a máxima rentabilidade possível no mais curto espaço de tempo que conseguirem. Mas, uma coisa eu garanto: quando deixarem este mundo não levarão consigo o dinheiro que esmifraram aos outros!


   Entre vários, houve na Europa, dois PM's (Primeiro-
-Ministros) que foram muito mauzinhos nas suas funções, no entanto foram eleitos democraticamente pela maioria do povo votante (não forçosamente pela maioria do povo eleitor que inclui os abstencionistas), e curiosamente apesar de eu não gostar dum nem doutro tenho que lhes dar razão nalgumas afirmações que fizeram após terem abandonado os cargos que ocupavam e da cagada que fizeram aos seus países:



José Sócrates, ex-primeiro-ministro 1- A primeira foi de Pinto de Sousa (vulgo Sócrates) já no seu idílico exílio parisiense que afirmou ter aprendido que as dívidas dos países não para se pagar (mas, sim, para se irem pagando). Que pena que o bom senso pós-governativo não tenha existido no seu tempo de governante!


2- A segunda foi doutro péssimo político o sr. Berlusconi, que afundou a Itália mas afirmou que se a srª. Merkel não mudar de rumo a Alemanha deverá sair do euro...

   No meu país, e não só, mas também na Europa e no resto do mundo, estamos a assistir à insana loucura do egoísmo e da usura, em que o importante é o que cada um quer, seja de que forma for, e de preferência que possa dar lucro, muito lucro, e rapidamente!

   Uma determinada secção hospitalar não dá lucro! Encerre-se, pouco importando que alguém vá deixar de ter acesso a esses cuidados de saúde. Um tribunal está a dar prejuízo! Feche-se, pouco importando que a injustiça aumente nessa região. Uma escola tem poucas crianças! Transfiram-se esses alunos, pouco importando que eles tenham que andar muitos mais quilómetros para se instruírem... assim como também não importa que os doentes tenham que percorrer maiores distâncias ou que não haja esquadras de polícia para defender as populações... que se fechem as estações de Correio, as repartições públicas, as lojas... etc. etc. etc! Nada disso importa porque tudo deriva da insensatez e da insensibilidade da classe política que se ajoelha à usura bancária e à ganância económico-financeira de certos grupos ou pessoas.


Stiglitz
Toda a gente percebe que os político e os usurários nos enganam dizendo que temos que passar por tudo isto, mesmo apesar do Prémio Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, dizer que a austeridade não é o caminho!

   Querem fazer-nos crer que Portugal está no bom caminho por estar a destruir a pequena indústria, o pequeno comércio, o emprego e o poder de compra da classe média e a esmagar os pobres e endividados! Isso é insensatez e insensibilidade por parte de quem detém o poder. Mas, é também responsabilidade de quem não vota, de quem vota de forma inconsciente e de quem nada faz para lutar contra o mal que está a instalar-se  nas sociedades europeias e mundiais.

   Talvez inspirado no que escreveu Vladimir Mayakovsky (Maiakovski):

«Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.
»Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam o nosso cão. E nada dizemos.
»Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho na nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo o nosso medo, arrancam-nos a voz da garganta. E porque nada dissemos, já nada podemos dizer.»


Bertold Brecht, escreveu também:

«Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
»Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
»Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
»Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei.
»Agora estão a levar-me 
Mas já é tarde...
Como não me importei com ninguém
Já ninguém se importa comigo. »
E, Martin Niemöller, símbolo da resistência aos nazis, escreveu:


«Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
»No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
»No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
»No quarto dia, vieram e  levaram-me;
mas já não havia mais ninguém para reclamar...»


   Assim são as pessoas, muitas delas não se importam com o que acontece aos outros, porque aquele problema "não" é delas!
   Estes três textos acima conduzem-nos à reflexão, e assim percebemos que a culpa das burradas feitas pelos políticos e o encolher de ombros com o que está a acontecer aos outros faz de cada um de nós, eleitores e cidadãos, responsáveis pelo momento que estamos a passar.


Os políticos e os usurários perderam a noção de bom senso, e o resto da população também...