
Os políticos portugueses fazem falsas promessas, mentem, fazem o contrário do que prometeram nas campanhas eleitorais, fazem negociatas chorudas, depauperam os cofres do erário público e saem ilesos de tudo isto como se não tivessem qualquer responsabilidade sobre o estado em que deixam a nação.


Então, demitem-se governantes, mudam-se Governos e tudo continua na melhor das aparentes tranquilidades! Uns candidatam-se à Presidência (e mais tarde conseguem-
-no), outros partem para a ONU, outros para a Comissão Europeia, outros entregam-se à divagação política e outros, ainda, fazem jus ao seu nome trocando diplomas dominicais por conceituados estudos filosóficos (melhor em Paris do que em Atenas!).

-estradas paralelas nem outras tantas barbaridades de bradar aos Céus! Também ainda não entendi (claro que entendi) porque tem o país que pagar juros elevados aos Bancos quando o BCE lhes empresta dinheiro a 1% e a nós nos fazem pagar com a língua de fora! (Mas isso já é outra história pela qual os senhores Primeiro-Ministros também não são chamados a responder).

«O "segredo" para esta saída da zona de risco, diz Gylfi Zoega, professor de Economia na Universidade da Islândia, foi "deixar os Bancos entrar em default em relação com as obrigações para com os Bancos estrangeiros". "O principal factor por detrás do arrepiar caminho da Islândia foi a depreciação das taxas de câmbio e o facto de grande parte dos custos da bancarrota do sistema bancário ter recaído sobre os credores estrangeiros e não sobre os contribuintes islandeses", afirma, também, Jon Danielsson, economista islandês, actualmente professor na London School of Economics. Ele é de opinião que "esta é a estratégia correcta para os contribuintes noutros países com sistemas financeiros em crise - o povo nada teve a ver com as decisões dessas instituições financeiras sofisticadas e não há razão alguma para resgatar quem quer que seja".»

Em Dezembro do ano passado (2011) muita gente ficou escandalizada com uma afirmação socretina: "as dívidas não são para se pagar!". A verdade é que ao longo da História muitas nações não pagaram as suas dívidas e hoje são grandes potências mundiais, como os EUA, a Inglaterra ou a Alemanha. Apesar de ter sido um péssimo Primeiro-Ministro, nalguma coisa o senhor engenheiro/arquitecto/filósofo teve razão: as dívidas não são para se pagar.



Somos um país que soube terminar com a ditadura
mas, que não sabe pôr fim à escravatura!
Creio que só poderei compreender toda esta apatia e resignação através da interpretação de estatísticas que me dizem que dentre os 27 estados-membros da UE, o Povo português se considera mais feliz do que os romenos, os húngaros, os letões e os búlgaros (4 países do antigo Bloco de Leste). Nada maus, pois ainda poderia ser pior, caso a UE tivesse mais países, é que antes estávamos em 14º entre os 15 estados-membros! Não admira que tenham querido promover o Fado a Património Cultural, deve ser para adormecer o povo e mantê-lo resignado com tamanhas faltas de respeito por parte da classe política.
Tudo isto não passa de ingratidão e falta de memória de cada povo, ou nação, para com os outros, é a Lei da Ganância e do triste Ego em acção!
Resta-me o consolo de que "a esperança é a última a morrer!" E com isso me sobeja a convicção de que ao fundo do túnel se encontra a Luz da Justiça, da Verdade e do Bem.
João Guerreiro
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