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14.1.12

Glasnost & Perestroika

MacDonald's em Moscovo

   Glasnost & Perestroika, duas palavras que na década de 80 transformaram a antiga União Soviética. Pouco importa se foi para melhor ou para pior, não é isso que está em causa, aqui, neste momento. A verdade é que se a actual Rússia, hoje, não é um país perfeito, na época do regime soviético também não o era, nem mesmo no tempo dos czares o foi. Mas o que importa salientar é que o antigo Presidente Gorbatchev trouxe à tona dois importantes conceitos glasnost que significa transparência, e perestroika que é reconstrução.

   A nossa actual sociedade está a precisar de transparência que cada vez se encontra mais turva, e a necessitar também duma reconstrução, pois tudo aquilo que foi construído e conquistado está a desmoronar-se ou a ser demolido. A nossa sociedade, quer seja somente a europeia, quer a chamada sociedade ocidental que engloba também o continente americano, ou a humanidade como um todo, que infelizmente está a tornar-se ocidentalizada nos seus piores aspectos, perderam a transparência, se alguma vez a tiveram e precisa ser reconstruída com novos conceitos. Países como a antiga União Soviética e a China, que outrora contestaram e combateram o capitalismo entregam-se hoje ao consumismo desenfreado, e ao mercado de capitais. 

Loja Apple em Pequim
Veja o vídeo, clique no texto:
Mesmo com temperaturas negativas, muitas pessoas faziam filas intermináveis para comprar o iPhone, noite dentro, mas a loja situada num centro comercial de luxo no bairro de Sanlitun não abriu portas esta sexta-
-feira. Pelo nascer-do-sol, ao serem informados de que os
smartphones tinham esgotado, dois homens atiraram ovos em direcção à loja e empurraram os seguranças presentes no local...


   O mundo, ou os seus habitantes, só pode mesmo estar demente, pois temos regiões onde se morre de fome e outras onde as pessoas provocam violência somente para comprarem coisas fúteis, que não são essenciais à sua sobrevivência!

   Estados da União Europeia que noutras épocas construíram o estado-providência, o estado-social, que possuíam instituições que se preocupavam com o bem-estar das suas populações, começam a abandonar esse tipo de funcionamento para relegarem essas benesses da população aos domínios privados que possuem interesses económico-financeiros mas nunca de total bem-estar ou satisfação dos seres humanos, excepto o dos seus accionistas e corpos-gerentes.

   Entre a comunista União Soviética e os Estados Unidos capitalistas, encontrava-se a Europa social. Hoje, num mundo globalizado encontramos apenas o ultra-
-neoliberalismo mundial que fomenta a exploração de todos os povos, seja em que continente for.

   O poder político confunde-se com o financeiro, não se sabe onde termina um e começa o outro! Aliás, já não há começo nem fim, tudo está envolvido e mal misturado. E o pior é que as pessoas são manipuladas, e por vezes, a maior parte delas, nem se apercebe disso. Quem ainda acredita na comunicação social de hoje? Os jornalistas de investigação estão a desaparecer para darem lugar a mercenários a soldo dos grandes interesses globais. As pessoas são manipuladas quer a nível de opinião pública, pois os factos que se lhes apresentam não são os reais, não estão completos, nem transparentes. E são moldadas também ao nível psicológico, em que lhes são feitas lavagens cerebrais, ao antigo estilo soviético e americano, esse intuito, hoje, é o de fazer as pessoas acreditarem que estão informadas e que conseguem saber tudo e ao mesmo tempo sentirem que têm necessidade de consumir aquilo de que não precisam, mas que faz falta para que outros ganhem os seus lucros.

Antiga Escola Primária
   No meu país construíram-
-se e ofereceram-se estádios de futebol que hoje não têm público nem equipas para lá jogarem (a outros querem demoli-los), e por outro lado encerram-se escolas (com que intuito?). 
No meu país gastou-se dinheiro a comprar dois submarinos aos alemães (com que utilidade?), e por outro lado encerram-
-se maternidades e hospitais por falta de verbas. O meu país, para se desenvolver, gastou dinheiro a construir auto-estradas (para quem?), e por outro lado não oferece incentivos ao desenvolvimento das empresas (porquê?). O meu país gastou dinheiro a formar estudantes que se revelaram verdadeiros génios da ciência, e por outro lado, agora, manda-os emigrar, etc. etc. etc! (com que intenção?).

   Em países democráticos onde antes as pessoas eram respeitadas como seres humanos, desincentivam-se os investimentos financeiros e deslocalizam-se empresas para países de baixos salários, ou fomenta-se o aumento dos juros relativos aos empréstimos a conceder a esses Governos; em países onde não existe qualquer respeito pelas condições laborais, nem sociais, nem parlamentares, incrementa-se a criação de empresas e fábricas que funcionam à base de mão-de-obra escrava, e incentiva-se-lhes o consumo desenfreado.

Xangai: Apple Store

   O meu país sofre de falta de glasnost e precisa duma perestroika! O mundo todo também...

   Queremos melhorar o mundo? Então, comecemos por cuidar do nosso país.
   Queremos cuidar do país? Então, comecemos por olhar para quem estiver ao nosso lado ou na nossa casa.
   Queremos importar-nos com quem está próximo de nós, quer seja em casa, no trabalho ou na rua? Então, comecemos por criar amor por nós mesmos. Elevemos a nossa auto-estima e cultivemos conceitos e sentimentos positivos, como a transparência das nossas atitudes e a reconstrução daquilo que está errado à nossa volta; assim bem como a adopção de atitudes como a tolerância e o respeito pelos outros, para que eles nos possam respeitar, também. E como fazer isso? Começando pelo amor. Iniciemos com aquilo que escrevi ser difícil, num artigo do blogue Abrindo as Portas que há Em Nós, eliminar: a raiva, o ódio, e ainda a falta de compreensão e erradicar a falta de amor que temos por nós e pelos outros.

   Importante para tudo isto é formatarmos as antigas crenças que nos foram implantadas no subconsciente e que fazem de nós verdadeiros autómatos ao serviço de interesses alheios às nossas vontades e ao bem-estar da humanidade. Torna-se necessário inserirmos no nosso disco rígido um novo programa imbuído de conceitos mais humanistas contendo sentimentos verdadeiros com menos recurso aos objectivos unicamente comerciais e financeiramente especulativos.

   A base fundamental da nossa sociedade deve assentar em relacionamentos sociais sinceros e não naqueles meramente económicos e materiais.
João Galizes

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