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17.10.12

Jogar com as pessoas


   Lembram-se do jogo do Monopoly, pois é, para muita gente hoje a vida nada mais é do que um simples joguinho de investes, ganhas ou perdes. Jogue os dados, compre aqui, venda ali, avance uma casa, receba ao passar na Casa de Partida e Vá Directamente para a Prisão...

   A verdade é que as pessoas não são simples peões, de plástico, peças do tabuleiro do jogo, são gente com vida, com sentimentos, emoções e alma. Mas há uma camada (ou cambada) de gente a quem poderemos chamar desalmada, verdadeiros cavaleiros das Trevas, sem alma, ambicionando acumular riquezas a qualquer preço, desde que o custo seja baixo para eles e o lucro elevado, pouco importando quantos peões do jogo possam cair no tabuleiro para satisfazer as suas ganâncias.



   Há alguns anos atrás jogava-se com empresas e com os seus trabalhadores, compravam-se e vendiam-se acções, pouco importando o destino dos seus funcionários. Hoje, o jogo é ainda mais maquiavélico e joga-se com as populações dos países, compra-se e vende-se dívida pública pouco importando o destino de cada povo, desde que isso dê dinheiro, muito dinheiro.

   Dinheiro e sucesso são alguns dos objectivos no mundo actual. Pretende-se alcançar uma posição visível, de destaque, perante a sociedade. É conseguir um emprego de topo, uma carreira profissional bem sucedida e bem remunerada, ter uma mansão ou apartamento de luxo com um (ou vários) carros topo de gama e, ainda, um casamento magnífico (que pode ser de aparências). Para se conseguir dinheiro podem-se fazer "investimentos", isso significa pegar no dinheiro que se conseguiu dalguma forma e entregá-lo a respeitáveis senhores em instituições financeiras que sabem como se multiplicam os cifrõe$, tudo de forma legal. Assim, esses senhores compram acções de empresas que todos conhecemos (ou desconhecemos) e "investem" também em mercados de países "emergentes" (ou mercados emergentes).



   Como tudo isso funciona pouco importa a cada cidadão investidor desde que consiga receber os almejados retornos financeiros multiplicados. Assim, muitas pessoas, em Portugal e noutros países europeus, estão a sentir as influências dum polvo mafioso que funciona com autorização legal e com influências de elementos nacionais que não reconhecem senão o dinheiro como máxima na vida.

   Também não importa a forma como foi confeccionada a roupa que usamos, em que condições trabalham essas pessoas?

   Mas, quando é que os portugueses que procuram os seus gestores bancários ou financeiros para fazerem render o seu dinheiro se questionam sobre a forma como os Bancos conseguem esses rendimentos? Alguma vez alguém se preocupa com a situação de que para uma entidade financeira pagar uns míseros juros, que nada mais são do que migalhas, aos pequenos aforristas, 1.000 milhões de pessoas em todo o mundo vivem, sobrevivem, vegetam ou lutam por sobreviver, num mundo de lixo e de esgotos, usados como mão-de-obra barata em países emergentes?


 

   Agora, nós portugueses, sentimo-nos indignados pelo que Troikas, Goldman Sachs e outros fazem connosco, mas será que não somos também responsáveis por isso? Será que nunca fomos, e continuamos a ser, condescendentes com as patifarias que permitimos que se façam a outros povos para que nós possamos ter uma vida melhorada?


   Poderá pensar que estive apenas a falar acerca do modo de vida dos ricos, mas meus amigos, ainda têm uma contita bancária com alguns tostões a prazo? Já não tem dinheiro e compra nas lojas chinesas ou no mercado da feira? Então acabamos por ser todos responsáveis neste injusto processo global de contínuo enriquecimento e produção de bens de consumo para o bem-estar ocidental.


   Vale a pena pensarmos nisto, e ao mesmo tempo lutarmos contra as injustiças que nos tentam impor. Mas, que depois de passarmos por este mau bocado de caminho possamos lembrar-nos que enquanto não protegermos e nos preocuparmos com os outros também o mesmo nos poderá acontecer a nós...




3 comentários:

  1. Convido-o a ler dois posts que hoje publico.
    Acho que vale a pena.

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  2. Apesar de diversas leituras, nem todos os leitores deixam comentários ou opiniões em cada artigo (post) que lêem, curiosamente, este apresenta 3 opiniões distintas: interessante, insuficiente e, sem interesse. Fico satisfeito que alguém tenha gostado. A quem a considerou insuficiente sempre lhe deu a oportunidade de pesquisar mais noutras fontes, e a quem não lhe viu qualquer interesso digo que este artigo foi para mim um bom desabafo. Para mim foi suficiente...

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