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24.3.12

Portugal não é a Grécia?


"Portugal não é a Grécia",
dizem os políticos portugueses! 

...Mas, parece!

Lisboa: Portugal
Jornal i

 Atenas: Grécia
Policial agride fotógrafa durante cobertura de protesto em Atenas, Grécia 
Veja on-line

Grécia: Negociações podem conduzir Evangelos Venizelos ao cargo de Primeiro Ministro 

Portugal vai no mesmo caminho que a Grécia se a Europa não fortalecer o mercado e proteger os países dos ataques especulativos da globalização, disse Georges Papandreou, ex-Primeiro-Ministro grego e ainda líder do PASOK [Partido Socialista da Grécia], em Atenas.
"Se a Europa não se empenhar, Portugal vai ficar no mesmo caminho que a Grécia", afirmou [Papandreou].

"Não há países diferentes na Europa. Portugal não é diferente da Grécia porque agora os mercados vêem os países como riscos" com os quais se pode jogar, explicou Papandreou.

Para o ex-Primeiro-Ministro e líder do PASOK, membro do atual governo de coligação, é preciso acabar com a "psicologia económica" que acaba por afectar países como a Grécia e Portugal.

"Com esta psicologia económica as pessoas não consomem, os Bancos não emprestam dinheiro e a economia acaba por sofrer", disse ainda Papandreou...



   Quem sabe,  um dia, a maioria dos portugueses que ainda vota, venha a abrir os olhos e a ver como todos os políticos têm andado a iludir o povo, ao longo de todos estes anos de enganocracia ou demagogicocracia fazendo promessas quando estão na oposição ou em campanha eleitoral, e executando o contrário quando se encontram com o poder nas mãos. Quando são eleitos alegam desconhecer as reais situações deixadas pelos executivos anteriores! Nesse caso, os partidos que formam Governo, enquanto tinham os seus deputados na oposição, também nada fizeram para averiguar como o Governo estaria a gerir os bens da nação, a res publica! São todos co-responsáveis pelo estado da nação, Governo e oposição. Sabem todos eles, que após deixarem as funções governativas que exercem, irão ocupar um qualquer cargo numa instituição pública ou privada como recompensa pela má governação e pelos favores concedidos enquanto ministros, pois castigos ou justiça nem sequer se lhes aplica! Os legisladores ficam acima da Lei...
 
   Acredito, veementemente, que um dia os eleitores irão obrigar a sociedade a ser gerida com honestidade, em vez das actuais palhaçadas que é a única forma de se classificar a presente forma irresponsável de governar, pois qualquer ministro é livre de realizar as despesas que bem quer e contrair todo o tipo de dívidas em nome do país e do seu próprio bem-estar pessoal , familiar e dos amigos, pois sabe que nada lhe acontecerá e que quem irá pagar a factura por vir serão aqueles que nada fizeram para isso, a não ser bater-lhes palmas e ficarem eufóricos quando o partido em que votaram ganhou as eleições. Acontece que, neste país, apenas uma minoria de votantes elege Governos que se consideram de maioria, mas toda a população, com excepção de algumas elites, fica sujeita às péssimas decisões tomadas despreocupadamente em nome de todo um povo!
   Veja-se a necessidade de 10 estádios de futebol construídos para o Euro 2004! Veja-se a necessidade de se construir um aeroporto com um apêndice de norte a sul com ligação a Espanha e que seria apenas mais um Comboio de Alta Velocidade em paralelo ao já existente. Veja-se a necessidade da compra de submarinos para a Marinha. Veja-se a necessidade de tantas coisas desnecessárias que o povo necessita de pagar! Até quando, povo fadista, vais aceitar o teu patrimonioso fado, de continuar de braços caídos e sem esperança achando que "eles comem tudo e não deixam nada"?
 
    Zé Povinho, acredita: o poder decisório está nas tuas mãos, a tal ponto que acabas por entregá-lo àqueles que pensas serem os bons gestores da tua vida, engano teu! "Eles" apenas são bons gestores das suas vidas, mas da tua eles são liquidatários judiciais depois daquilo em que tornaram a o teu viver, após te terem incentivado e conduzido à falência. Já nem o antigo ditado de "quem me comeu a carne que me roa os ossos" se lhes pode aplicar, pois os abutres comem a carne mas deixam os ossos ao abandono, às hienas...
 
   Um dia as pessoas perceberão que, depois de se terem regozijado com a morte do comunismo e celebrado a vitória do capitalismo, nenhum destes ismos era a forma certa de desfrutarmos da vida neste Planeta. A seu tempo cada um compreenderá como organizar uma nova forma de vida comunitária oposta aos vampirismo dos ismos que nos sugaram e conduziram ao momento presente!
João Galizes

20.3.12

Ocupar Wall Street

   

   «Ocupar Wall Street: que outro movimento político contemporâneo soube ganhar a simpatia e/ou apoio da maioria dos americanos em menos de dois meses? Como foi isto possível? Eu creio que esta revolta se formou lentamente ao longo do tempo e através dos Estados Unidos desde o dia em que Reagan mandou despedir os controladores de tráfego aéreo.* Esta gestação silenciosa culminou em 17 de Setembro de 2011, quando um grupo de pessoas, composto maioritariamente por jovens, decidiu passar directamente à acção. Isso, sem dúvida, tocou num ponto nevrálgico e gerou uma onda de choque em todo o país. O que esses jovens estavam a fazer era aquilo que dezenas de milhões de pessoas desejavam fazer. Pessoas que perderam os seus empregos, as suas casas, o seu "sonho americano". Esses milhões fizeram uma catarse entusiasmando um montão de insolentes que se plantaram em Wall Street a gritar: "Daqui não saímos até que nos devolvam o nosso país!"
   »Ainda bem que não criaram uma organização formal com regras hierárquicas, quotizações, estruturas, líderes carismáticos e porta-vozes oficiais – todas essas coisas que os pais lhes disseram que deveriam fazer se desejassem conseguir alguma mudança – esses jovens abriram um espaço no qual as pessoas puderam sentir-se parte de uma rebelião pelo simples facto de estarem a apoiá-la. Quer ocupar o Banco local? Avance! Quer ocupar a Reitoria da Universidade? Isso mesmo! Quer ocupar Oakland, Cincinnati, Grass Valley? Fantástico! Este é o seu movimento, poderá fazer com ele o que quiser.
   »No passado, quando se queria lançar um novo movimento, primeiro era preciso alertar o povo sobre os problemas que se procuravam resolver, e depois havia que mobilizar as pessoas para aderirem à causa. Transformar a América numa nação não-racista, pacífica e livre de preconceitos sexistas ou homofóbicos levou anos – e, no entanto, ainda há muito por fazer. Mas o movimento dos Ocupas não teve que fazer nenhum esforço para nos convencer de que Wall Street é dominado pela ganância, que a única coisa que importa aos Bancos é o dinheiro ou que as grandes multinacionais apenas querem espremer os trabalhadores. Qualquer pessoa entende isso, mesmo aqueles que se opõem aos Ocupas de Wall Street. A parte mais difícil de qualquer movimento jovem – obter uma maioria – foi conseguida. As pessoas estão connosco. E agora?

   »Em primeiro lugar, o que não fazer. Ocupar Wall Street não deve tornar-se numa organização burocrática, com escritórios e estruturas hierárquicas, isso iria destruí-la. Os Baby boomers que cresceram dentro desse tipo de organizações têm que se refrear um pouco e não tentar limitar o movimento dentro do velho paradigma de "enviamos alguém ao Congresso e, depois, criamos um lobby para aprovar as leis que queremos." Deixemos os Ocupas de Wall Street seguir o seu caminho. Certamente, os candidatos a cargos públicos de que precisamos estarão dentro do movimento (será você um deles? Por que não? Alguém terá que ser, e é melhor para si), e as leis que são necessárias para que este país se torne mais justo chegarão a seu tempo. Não me refiro a décadas: algumas leis serão aprovadas ainda este ano. O principal candidato para representante do meu distrito, em Flint, Michigan, está empenhado em lutar, uma vez eleito, para afastar o dinheiro da política. Outros candidatos seguiram o seu exemplo. Temos que votar neles e, em seguida, garantir que mantêm a sua palavra. Os Ocupas devem prosseguir como um movimento decidido e frontal ocupando Bancos, sedes, conselhos de administração, campus universitários e a mesmíssima Wall Street. Temos que montar assaltos não violentos em Wall Street todas as semanas, ou mesmo todos os dias. Não fazem ideia de quantas pessoas estariam dispostas a viajar até Nova Iorque, vindas de todo o país, para participar nas ondas de detenções em massa quando eles/nós tentamos fechar a porta a essa máquina assassina e à roubalheira que é Wall Street. A cada ano, 45.000 pessoas morrem por não ter seguro de saúde. Não acha que elas devem ter familiares, amigos, vizinhos e membros das suas comunidades que estejam indignados com isso? E os 4 milhões de compatriotas que têm que entregar as suas casas aos Bancos? Creio que não será muito difícil reunir alguns deles para que venham reclamar o encerramento de Wall Street! 

 
   »Em cada cidade americana há que fazer o mesmo. Devemos ocupar a frente das casas que forem entregues aos novos donos depois dos anteriores proprietários terem sido expulsos por não conseguirem pagar as hipotecas. Há que impedir, de forma não violenta, que os Bancos expropriem essas propriedades deixando as pessoas na rua. Quando alguém não pode receber os cuidados médicos de que necessita, os seus vizinhos devem ocupar o hospital ou o lobby da companhia de seguros. Quando uma Universidade aumentar as propinas pela milésima vez, os alunos devem ocupar a Reitoria da Universidade até que o conselho de administração decida retroceder.
   »É importante, no entanto, lembrar o óbvio: o objectivo dos Ocupas de Wall Street é ocupar Wall Street. Os restantes "Ocupas" que surgiram por solidariedade em todo o país podem atacar os tentáculos, e os sintomas da besta, mas a cabeça do monstro tem que ser cortada no seu covil. Este localiza-se na baixa de Manhattan, o lugar onde o movimento começou e onde deve permanecer.
   »Os nossos jovens – o coração e a alma deste movimento – que há anos temos vindo a ver bater com a cabeça nas paredes do poder, caminhando vezes sem conta para Washington, a enviar cheques aos grupos ambientalistas, tornando-se vegetarianos, etc. O que tiraram a limpo de tudo isto é que eles serão a primeira geração a estar pior que a dos seus pais. No entanto, ainda continuam a gostar de nós (o que é notável, considerando o mundo desastroso que lhes vamos deixar como herança), mas seguiram um caminho diferente do nosso. Não sabem onde esse caminho os irá levar, mas essa é precisamente a beleza dos Ocupas de Wall Street. Os milhões de indivíduos que querem fazer parte desta aventura sabem que não têm alternativa: são mais que os homens de Wall Street, que agora ocupam os Estados Unidos. Sabem, por isso, que só lhes resta a vitória.»



* NOTA DO EDITOR: Em 5 de Agosto de 1981, o presidente Ronald Reagan ordenou o despedimento de  11.345 controladores aéreos em greve que se negaram a retomar as suas tarefas. De alguma forma, este episódio marcou o início das Reaganomics, a política de regulamentações pro-mercado de Reagan.


Michael Moore, The Nation
Tradução da versão espanhola de:  Claudio Iván Remeseira

18.3.12

Vamos ser activos...

 

   Meus amigos, vamos tornar-nos mais activos e menos passivos, e fazer justificar o trabalho policial. Estamos descontentes? Vamos provocar desacatos, seja onde for, o importante é que a polícia tenha que fazer alguma coisa!

   Segundo notícia veiculada pelos órgãos de comunicação, o Ministério da Administração Interna está a estudar o encerramento de esquadras de atendimento da PSP, em Lisboa e no Porto, que apresentam uma produtividade "muito baixa".



   Significa isto que a segurança da população se mede em produtividade dos agentes policiais, os nossos representantes da lei deixaram de ser um elemento dissuasor da criminalidade e de prevenção do crime para se tornarem elementos duma cadeia produtiva, que apenas justifica a sua existência se houver crimes. Isto é, "depois de casa arrombada tranca-se a porta"!
   Para os actuais Governos, imbuídos do moderno conceito numérico-económico-financeiro, tudo é mensurável numericamente ou produtivamente, como se a segurança da população fosse apenas uma figura de estilo! Não importa evitar a criminalidade, interessa, sim, arranjar motivo para a a intervenção policial. Se assim é, vamos então provocar umas brigas em frente das esquadras para que estas não sejam encerradas. Não precisaremos ficar preocupados se passarmos a ter cadastro policial motivado por essas ocorrências, porque isso não será impedimento para arranjar emprego, aliás, como impedimento para se conseguir trabalho já nos bastam as políticas governamentais. Além do mais, sabemos de antemão que causar desacatos ou provocar roubos são actos mediáticos e, como tal, um trampolim para se conseguir um status social. Os exemplos não faltam, transmitidos por qualquer estação de televisão (como se de tempo de antena se tratasse) ou apresentados nas capas, e artigos, das revistas de cusquices (às quais gostam de chamar imprensa cor-de-
-rosa).

 Arizona - EUA  -  Foto-link

   Vejamos o quadro apresentado no chamado "país mais desenvolvido do mundo" e "exemplo a seguir" (!!!):

Prisões privadas nos EUA – Juízes corruptos condenam até crianças sem advogado.

   Cinco mil crianças no estado da Pensilvânia, EUA, foram consideradas culpadas, e até duas mil foram presas por dois juízes corruptos que recebiam contribuições de construtores e proprietários de prisões privadas que beneficiavam das decisões.Os dois juízes consideraram-se culpados num caso de ganância e corrupção que ainda se está a desenrolar. Os juízes Mark A. Ciavarella Jr. e Michael T. Conahan receberam 2,6 milhões de dólares em compensações por mandar prender crianças que muitas vezes nem tinham acesso a um advogado. O caso oferece um vislumbre extraordinário da vergonhosa indústria das prisões privadas que está a florescer nos Estados Unidos (EUA).Vejamos a história de Jamie Quinn. Quando tinha 14 anos, foi presa por quase um ano. Jamie, agora com 18 anos, descreveu o incidente que a conduziu à prisão.“Entrei em discussão com uma das minhas amigas. E tudo o que aconteceu foi uma discussão normal. Ela deu-me um estalo e eu fiz-lhe o mesmo. Não havia marcas, nem testemunhas, nada. Era apenas a palavra dela contra a minha.”
   
   Chega-se ao cúmulo de, nos EUA, existirem prisões privadas, tratando-se de organismos particulares, estas, são entidades com fins lucrativos, assim, necessitam de prisioneiros, logo, é preciso que haja criminalidade! Será o exemplo americano aquele que se pretende seguir? Cuidado, a maçã tem bicho por dentro! Em breve se perceberá que já não podemos comê-la... está podre.

   Basta! Quando será que as pessoas voltarão a perceber que a vida, e a sua qualidade, não é quantificável numericamente ou de forma material? Há valores que precisam de ser restaurados, aliás, implementados, pois nunca existiu uma sociedade verdadeiramente justa. Apenas algumas se poderão ter aproximao de valores nobres e altruísticos, mas estão  a desaparecer, e apenas restam algumas vontades de que o mundo seja um local justo. Infelizmente predomina a mentalidade "produtiva" e de obtenção de bens materiais pelo menor valor a pagar.

   Por falar em mentalidade produtiva, esta ideia faz-me voar para o conceito de competitividade e de país que precisa de ser mais produtivo, onde será que tudo isto nos irá levar? À produção de mais crimes? É o que acontece quando se detioram as condições de vida da população! E então, agora ainda vão querer tirar-nos as esquadras?

   Ser pró-activo (como é moda dizer-se hoje) não basta! Ser pró-activo, diz o dicionário é "ser a favor de"... E o que é preciso, mesmo, é ser-se ACTIVO, passar-se à práctica (sei que esta palavra há  muitos anos que perdeu o C, mas que importa já isso neste momento? Isto faz parte doutra batalha que não esta aqui e agora), e abandonarmos a passividade, a inactividade.

George Clooney esta manhã durante a detenção 
foto-link

   Veja-se o caso do actor George Clooney, ele foi recentemente detido por ser "activista" numa causa (a defesa do povo do Sudão do Sul). Ele não se deixou ficar passivamente assistindo ao desenrolar da situação, ele manifestou-se com todas as consequências que isso possa implicar. O que vemos hoje é que as pessoas se deixam envolver pelo medo, ou pelo comodismo, e deixam de participar na vida, tornam-se meros espectadores em vez de desempenharem o seu papel de actores, é pena! Se não nos motivarmos por causas justas, em defesa dos outros, um dia também nós iremos ter necessidade de ajuda e ninguém irá ter vontade ou disponibilidade de nos dar a mão...

   Será que ainda alguém acredita que tudo quanto nos fazem é  uma obrigação imposta pelo algoz chamado Troika? Será que as pessoas ainda não perceberam que tudo não passa duma estratégia de pessoas (dum extremo ao outro da UE - o que inclui o Governo português) com ideias neo-liberais de que tudo é economia de mercado? Será que ninguém percebe que se, com alguma dificuldade, conseguimos aceitar que se possam sacrificar uns poucos para garantir a sobrevivência da maioria, já não conseguimos compreender que se sacrifique a maioria para regalo duns poucos?

   Bem, uma coisa eu preciso de dizer aos descontentes que têm eleito os Governos do nosso país (ou àqueles que se têm marimbado para os actos eleitorais e nem sequer têm ido votar - 42% da população calou, e "quem cala consente", admite, aceita, concorda): se não gostamos da comida que nos põem no prato temos que mudar de refeição, mas lembrem-se, já provámos outros pratos (antigas e actuais receitas) e ainda estamos com azia! Aliás, eu diria mais, a minha revolta de estômago já me fez deitar fora tudo o que me têm vindo a enfiar goela abaixo! A minha indigestão ainda persiste, espero conseguir deitar depressa a mão aos sais-de-frutos ou temo que possa vir a contrair alguma rejeição alimentar!
   Está na hora de começarmos a cozinhar novos alimentos, novas refeições, em vez de ficarmos à espera daquilo que nos querem servir.

João Galizes