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22.11.11

Porque começa a faltar o pão na Europa?

   Já disse mais do que uma vez que "casa onde não há pão todos brigam e ninguém tem razão".
   Mas porque será que não há pão? Não o há por dois motivos: o primeiro é porque toda gente quer mandar e gerir o poder financeiro a nível mundial e a "padaria" está a abanar e a ruir; o segundo, é porque com estas guerras, muitas famílias ficam sem o seu sustento e sem os seus alimentos...
   Vejamos as informações que se seguem:




O Presidente dos EUA considera que a Europa não está a fazer o «suficiente» para resolver a crise da dívida. Uma declaração que surge depois de Barack Obama ter dito que a crise no Velho Continente «está a assustar o mundo».

A pressão da maior economia do mundo está assim a aumentar de tom: «Na Europa, não os temos visto [aos líderes] a lidar com o sistema financeiro e com a banca de forma tão eficaz como seria necessário», apontou Obama, citado pela Reuters.

Já na terça-feira o presidente norte-americano tinha dito que as autoridades europeias estavam a demorar a responder às necessidades imediatas de resolução da crise da dívida. 

Ao mesmo tempo, Obama admitiu que os problemas fiscais e financeiros da Europa têm contribuído para enfraquecer a recuperação económica dos EUA.

Logo naquele dia, as declarações de Obama provocaram reacção no Velho Continente. O presidente do Eurogrupo respondeu que não aceita «lições que atravessam o Atlântico», lembrando que foi nos EUA que a crise teve início e não na Grécia, Irlanda ou Portugal.

Fonte: TVI 24




Muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem--estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. O Banco de investimentos Goldman Sachs conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direcção dos governos europeus e do Banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o actual presidente do BC Europeu, Mario Monti, presidente do Conselho Italiano, Lukas Papademos, o novo Primeiro-Ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs. O artigo é de Eduardo Febbro.

Goldman Sachs: como criar uma crise e governar o mundo
A história poderia satisfazer a todas as expectativas dos adeptos das teorias da conspiração: onde está o poder mundial? A resposta cabe num nome e num lugar: na sede do Banco de investimentos Goldman Sachs. O Banco norte-americano conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direcção dos governos europeus e do Banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, Mario Monti, o presidente do Conselho Italiano que substituiu a Silvio Berlusconi, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs. 

Desses três responsáveis, dois, Monti e Papademos, formam o anexo avançado da política pela tecnocracia económica, pertencem à rede que o Goldman Sachs teceu no Velho Continente e, em graus diversos, participaram nas mais truculentas operações ilícitas orquestradas pela instituição norte-americana. Além do mais, não são os únicos. Pode-se também mencionar Petros Christodoulos, hoje à frente do organismo que administra a dívida pública grega e que no passado recente foi presidente do Banco Nacional da Grécia, a quem o Goldman Sachs vendeu o produto financeiro hoje conhecido como “swap” e com o qual as autoridades gregas e o Goldman Sachs orquestraram a maquilhagem das contas gregas.

O dragão que protege os interesses de Wall Street conta com homens chave nos postos mais decisivos, e não só na Europa. Henry Paulson, ex-presidente do Goldman Sachs, foi em seguida nomeado Secretário do Tesouro norte-americano, ao passo que William C. Dudley, outro alto funcionário do Goldman Sachs, é o actual presidente da Reserva Federal de Nova Iorque. Mas o caso dos responsáveis europeus é mais paradigmático. A palma de ouro quem leva é Mario Draghi, o actual presidente do Banco Central Europeu, que foi vice presidente do Goldmann Sachs para a Europa entre 2002 e 2005.

Neste posto, Draghi teve um desempenho mais do que ambíguo. O título do seu cargo era “empresas e dívidas soberanas”. Precisamente nesse cargo Draghi teve como missão vender o produto incendiário “swap”. Este instrumento financeiro é um elemento determinante na ocultação das dívidas soberanas, quer dizer, na maquilhagem das contas gregas. Esse engodo foi a astúcia que permitiu que a Grécia se qualificasse para fazer parte da zona do euro. Tecnicamente e com o Goldmann Sachs como operador, tratou-se de então de transformar a dívida externa da Grécia numa dívida em euros. Com isso, a dívida grega desapareceu dos balanços negativos e o Goldmann Sachs ganhou uma vultuosa comissão.

Depois, em 2006, o Banco vendeu parte desse pacote de swaps ao principal Banco comercial do país, o Banco Nacional da Grécia, dirigido por outro homem do Goldmann Sachs, Petros Christodoulos, ex-trader do Goldmann Sachs e... actualmente director do organismo de gestão da dívida da Grécia, que o mesmo e os já mencionados contribuíram para primeiro mascarar e depois, incrementar. Mario Draghi tem um histórico pesado. O ex-presidente da República italiana Francesco Cossiga acusou Draghi de ter favorecido o Goldmann Sachs em contratos importantes, quando Draghi era director do Tesouro e a Itália estava em pleno processo de privatizações.

O certo é que o agora presidente do Banco Central Europeu aparece massivamente indicado como o grande vendedor de swaps em toda a Europa.

Nessa confusão de falsificações surge o chefe do executivo grego, Lukas Papademos. O Primeiro-Ministro foi governador do Banco Central grego entre 1994 e 2002. Esse é precisamente o período em que o Sachs foi cúmplice de ocultação da realidade economiza grega e, enquanto responsável pela entidade bancária nacional, Papademos não podia ignorar o engodo que estava montando. As datas em que o cargo coincide com a operação da montagem. Na lista de notáveis Mario Monti segue-o. O actual presidente do Conselho Italiano foi conselheiro internacional do Goldmann Sachs desde 2005.

Em resumo, muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem-estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. Não cabe dúvida de que existe o que os analistas chamam de “um governo Sachs europeu”.

O português António Borges dirigiu até há pouco – acaba de renunciar – o Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional. Até 2008, António Borges foi vice presidente do Goldmann Sachs. O desaparecido Karel Van Miert – belga – foi Comissário Europeu da Concorrência e também um quadro do Goldmann Sachs. Ottmar Issing foi sucessivamente presidente do Bundesbank alemão, conselheiro internacional do Sachs e membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu. Peter O’Neill é outro homem do esquema: presidente do Goldmann Sachs Asset Management, O’Neill, apelidado de “o guru” do Goldmann Sachs, é o inventor do conceito de BRICS, o grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O’Neill é acompanhado por outro peso pesado, Peter Sutherland, ex-presidente do Goldmann Sachs Internacional, membro da secção “Europa” da Comissão Trilateral – o mesmo que Lukas Papademos – ex-integrante da Comissão da Concorrência na União Europeia, Procurador Geral da Irlanda  e mediador influente no plano que culminou com o resgate da Irlanda.

Alessio Rastani tem toda a razão. Este personagem que se apresentou perante o BC como um trader disse há algumas semanas: “os políticos não governam o mundo. O Goldmann Sachs governa o mundo”. A sua história é disso um exemplo, de jogo duplo, como as das personalidades e carreiras dos braços mundiais do Goldmann Sachs. Alessio Rastani disse que ele era um trader londrino, mas que depois se descobriu que não o era e poderia ser parte do Yes Men, um grupo de activistas que, através da caricatura e da infiltração mos meios de comunicação, denunciam o liberalismo.

Entrará para as páginas da história mundial da impunidade a figura desses personagens. Empregados por uma firma norte-americana, eles orquestraram um dos maiores calotes já conhecidos, cujas consequências hoje estão a ser pagas. Foram premiados com o leme da crise que eles produziram.

Eduardo Febbro - Correspondente da Carta Maior em Paris

Tradução: Katarina Peixoto

Fonte: Portal Luís Nassif

   Conclusão: Por muito que nos queiram fazer crer que a culpa da situação que se está a viver na Europa é da responsabilidade dos povos que não sabem viver e dos políticos corruptos que não sabem governar, a verdade é que nem tudo é o que parece e nem podemos acreditar em tudo o que nos dizem.
   Não sei, ainda, qual a solução para resolver a actual situação, ou, eventualmente, até saberei! Mas o meu ponto de vista é demasiado radical para as mentes actualmente instaladas no poder me levarem a sério e por isso deixo uma porta aberta à consciência de cada um para ter a vontade de querer mudar o actual padrão de vida e também o rumo pelo qual a nossa sociedade está a enveredar.
   Uma coisa é certa, a Europa tem que voltar a ser social em vez de procurar ser liberal. Outrora no Velho Continente os ideais que levaram à construção da unidade europeia eram distintos do comunismo soviético e do liberalismo americano, hoje está tudo junto e misturado e o resultado é o que está à vista!
   Assim, sugiro que encontremos formas de lutar contra o que nos está a suceder para conseguirmos sair do buraco para onde nos estão a querer empurrar...
João Galizes

18.11.11

Casa onde não há pão...


   Diz o antigo ditado: Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. E o pão está a acabar em muitos lares da Europa...

   Meus amigos, quer queiramos quer não, nós europeus, temos necessidade de passar a olhar uns para os outros de forma diferente da que fazemos hoje. Estamos juntos, mas, separados ao mesmo tempo. Continuamos nacionalistas, a olhar unicamente para o próprio umbigo, como se não fôssemos todos responsáveis pelo que nos acontece e pelo que acontece aos outros!
   Enquanto imperar o egoísmo no seio dos estados-
-membros da UE, ao invés de se salvarem alguns como querem pretender, iremos todos cair no charco.
   Já o disse, e volto a repetir, precisamos criar uma verdadeira união onde os eurodeputados não sejam meros elementos decorativos, juntamente com um presidente do Conselho Europeu e um presidente da Comissão Europeia que de mãos atadas têm de se render às vontades de apenas dois estados-membros, os quais tomam decisões por todos os outros.
   Precisamos inventar uma língua comum e lembrarmo-
-nos que foi por causa dos nacionalismos que a Europa sempre viveu em guerra.
   É chegada a hora da pacificação onde ninguém é superior a ninguém. Vejamos a seguir um exemplo, que é o espelho de como os alemães se vêem perante os outros, mas, de como afinal somos todos apenas células do mesmo corpo. Não adianta guerrearmos, o melhor é cooperarmos. O que prejudica um faz mal a todos e o que ajuda uns beneficia a todos.

   Esta carta aberta foi escrita por um cidadão alemão dirigida ao povo grego responsabilizando-o pela situação da Europa e publicada na revista alemã Stern. A resposta veio a seguir, dada por um grego, mostrando como uma visão deturpada muda toda a realidade.
João Galizes

Depois da Alemanha ter tido de salvar os Bancos,
agora tem de salvar também a Grécia

Os gregos, que primeiro fizeram alquimias com o euro,
agora, em vez de fazerem economias, fazem greves!

   Caros gregos,
   Desde 1981 pertencemos à mesma família.
  Nós, alemães, contribuímos como mais ninguém para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
   Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro e durante tanto tempo.
   Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos.
   O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
   No essencial, nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro. Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da UE são o povo que mais gasta em bens de consumo.
   Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a fugir, durante anos, aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
   Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.
   Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!

   Na semana seguinte, a revista Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:

    Caro Walter,
   Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente e por insulto, se referem a nós, aos meus compatriotas, os teus compatriotas.
   O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que é por dia, como te querem fazer crer no teu país. Repara que ganho um valor que nem sequer é apenas inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.
   Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas auto-estradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc... Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da UE, os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
   A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para isso contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
   Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da zona-
-euro, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO
.
    Estimado Walter,
  Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou. QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.
   Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-
-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares.
3. Os empréstimos em obrigações que contraiu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3.500 milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7.100 milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As incomensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38.960 executados, 12.000 mortos como dano colateral, 70.000 mortos em combate, 105.000 mortos em campos de concentração na Alemanha, 600.000 mortos de fome, etc. etc.).
6. A tremenda e incomensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.

   Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
   Mas, mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
   Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6.500 milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
 Mas vocês, Walter, como se irão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por aí os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia?
 Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes ”compatriotas” da zona-euro) pretendem que saiamos da Europa, da zona-euro e não sei mais de onde.
   Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
   E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
   Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.
   E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.

Cordialmente,

Georgios Psomás

Fonte: Recebido por e-mail

Como diríamos em Portugal: "Ou há moralidade ou comem todos!"
   
   Não nos esqueçamos que em Portugal a megalómana e desnecessária obra do TGV também era uma imposição alemã (Siemens), falta-me descobrir se a imperiosa, mas desnecessária, construção do novo aeroporto de Lisboa também teria o dedo dos alemães!

  Todos precisamos de ser respeitados, respeitemos, pois, os outros...

10.11.11

Quem serão os verdadeiros vilões?

Quem serão os verdadeiros vilões no meio deste salve-se-quem-puder?
«Alemanha e França têm discutido, nos últimos meses, a redução da zona euro. A informação é avançada pela Reuters.
A agência noticiosa cita responsáveis europeus em Bruxelas, que relatam que Angela Merkel e Nicolas Sarkozy têm tido "intensas consultas sobre esta questão".
"Temos de ser cuidadosos, mas a verdade é que é preciso estabelecer uma lista exacta daqueles que não querem fazer parte do clube do euro e daqueles que simplesmente não podem fazer parte deste clube", afirmaram as mesmas fontes à Reuters.»

Expresso, 9.11.11

   Diz o ditado português: "Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".
   A União Europeia ainda não estava preparada para se chamar "União", começou como Comunidade Económica do Carvão e do Aço e já tinha avançado até Comunidade Europeia, mas não é uma verdadeira união pois pois a decisões neste momento já não são tomadas a 27 mas, sim, pela Comunidade Merkozy! Não era este o rumo que os criadores da unidade europeia tinham ao planearem a aproximação dos diversos países. O alargamento a diversos estados-membros foi sendo feito conforme o interesse económico alemão e agora querem fugir às suas responsabilidades? No meu país também existe outro ditado: "Quem comeu a carne que roa, agora, também os ossos!" Pois é, não se pode fazer apenas o que se quer mas, sim, o que tem que ser feito. Isso significa uma verdadeira construção europeia e não apenas de interesses económico-financeiros de poucos países em cima de muitos...
   Os governantes da Grécia, e não apenas o sr. Papandreou, têm responsabilidades acrescidas, a Itália e o sr. Berlusconni têm gravíssimas responsabilidades, e outros ainda terão mais; no entanto, estas cabeças tiveram de rolar porque alguém tem de ser considerado bode expiatório, assim como os povos de Portugal e da Irlanda estão a pagar e a sofrer as consequências por causa de governantes sem escrúpulos adeptos do faça-
-cada-um-o-que-quiser-enquanto-isso-puder-ficar-oculto. Controlo e fiscalização de forma rigorosa não existiam, pois toda a gente andava a lucrar dalguma forma com todas essas negociatas. E agora penalizam-se nações inteiras por culpa de todos os governantes da União, porque, voltando aos ditados, na minha terra também se diz que "tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta". E, muitos são os que têm roubado e outros tantos aqueles que têm ficado, impávidos e serenos, à porta, assistindo aos roubos descarados dos outros sem nada fazerem para os impedir...

   Isto não pode ser assim, todos os políticos têm que ser responsabilizados em vez de serem autorizados a continuarem a brincar com a vida das populações. É chegada a hora de serem criminalizados os políticos irresponsáveis... É necessário exigirmos que os verdadeiros culpados pela actual situação sejam culpabilizados, julgados e condenados. Os povos não são meras peças de xadrez, nem tampouco marionetas, para serem movimentadas a bel-prazer de quem quer que seja!

G2: Comunidade Merkozy

Que pena!


Que pena!

   Pensei que o sr. Giorgos Papandreou fosse mais corajoso e conseguisse mostrar aos "donos" da União Europeia que os pequenos também conseguem contrariar a hegemonia ditatorial dos pseudo-fortes!
   Mas, como se deixou convencer e se deu por vencido, por enquanto continua tudo, quase, como se estivesse na mesma... até que o comboio desenfreado, conduzido pela maquinista e pelo foguista, já sem freios, não consiga travar antes de embater no muro, que talvez seja o de Berlim!
Grécia de luto pelas decisões da UE


Bandeira da desUnião Europeia


2.11.11

Abençoada Atenas...


Abençoada Atenas,
abençoado algoz dos criminosos financeiros

Foi na Grécia que surgiu o conceito de democrácia* (como os gregos pronunciam), quem sabe também não seja esse país a trazer-nos o fim do neo-liberalismo e da especulação monetária como se nos apresenta actualmente e a proporcionar-nos o início da liberdade financeira! Ou de outra tendência qualquer rumo à liberdade e ao respeito pelos seres humanos…
Os mercados! Os mercados! Os mercados… é só o que se ouve. “Como poderão os mercados ter confiança na economia europeia depois da atitude grega ao propor, o seu Primeiro-Ministro, um referendo ao seu povo para que se pronuncie sobre as consequências da ajuda externa nos actuais moldes desastrosos” Este é um dos muitos comentários, é um daqueles pronunciado por economistas que pensam que o dinheiro existe por si só, como se não houvesse pessoas (escravos) a produzir( ainda mais) riqueza para que um pequeno grupo (feudo) incremente ainda mais miséria no seio da população mundial.
Os “mercados” são conjuntos de especuladores financeiros que “se regozijam” enchendo a sua carteira à custa dos sacrifícios de populações inteiras. Essas populações trabalhadoras, ou de desempregados, vêem cada vez mais reduzidas as suas condições de vida apenas porque alguém decide, a seu bel-prazer, aumentar os juros dos empréstimos por forma a aumentar o seu vasto pecúlio financeiro.
Basta de hipocrisia, invente-se uma nova União dos Europeus pois a actual (des)União Europeia não contempla as necessidades dos seus povos mas sim apenas os benefícios de alguns…


Uma verdadeira União da Europa necessitaria que os diversos povos que compõem a manta de retalhos que somos não estivessem apenas virados para o seu próprio umbigo. Será necessário que se aceitem e se apoiem uns aos outros, é preciso que, embora mantendo as diversas línguas nacionais, adoptem uma língua neutra** para se comunicarem entre si, em vez de se exprimirem numa Torre de Babel chamada Parlamento Europeu! É preciso que os governantes de cada país abandonem os seus interesses pessoais e entreguem as decisões europeias a um Governo Federal… Enfim, é necessário que se pense mais nas pessoas que nos lucros dos negócios da comercialização de bens materiais e na especulação financeira, que mais não é do que um roubo autorizado e disfarçado.
A revolução de mentalidades é necessária agora, neste momento a que decidiram chamar “crise”, mas que é uma boa oportunidade de mudança, assim o queira a boa vontade de todos.

* Democracia, significa governo do povo, coisa que não acontece hoje, onde ao povo apenas pertence o voto para eleger os governantes, mas onde o poder de decisão pertences a estes e não a quem os escolhe!

** Deverá ser criada uma nova língua para o espaço europeu em vez dos povos se comunicarem entre si numa das línguas já existentes, para que não haja benefícios duns em detrimento doutros.