Mas porque será que não há pão? Não o há por dois motivos: o primeiro é porque toda gente quer mandar e gerir o poder financeiro a nível mundial e a "padaria" está a abanar e a ruir; o segundo, é porque com estas guerras, muitas famílias ficam sem o seu sustento e sem os seus alimentos...
Vejamos as informações que se seguem:
O Presidente dos EUA considera que a Europa não está a fazer o «suficiente» para resolver a crise da dívida. Uma declaração que surge depois de Barack Obama ter dito que a crise no Velho Continente «está a assustar o mundo».
A pressão da maior economia do mundo está assim a aumentar de tom: «Na Europa, não os temos visto [aos líderes] a lidar com o sistema financeiro e com a banca de forma tão eficaz como seria necessário», apontou Obama, citado pela Reuters.
Já na terça-feira o presidente norte-americano tinha dito que as autoridades europeias estavam a demorar a responder às necessidades imediatas de resolução da crise da dívida.
Ao mesmo tempo, Obama admitiu que os problemas fiscais e financeiros da Europa têm contribuído para enfraquecer a recuperação económica dos EUA.
Logo naquele dia, as declarações de Obama provocaram reacção no Velho Continente. O presidente do Eurogrupo respondeu que não aceita «lições que atravessam o Atlântico», lembrando que foi nos EUA que a crise teve início e não na Grécia, Irlanda ou Portugal.
Fonte: TVI 24
Muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem--estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. O Banco de investimentos Goldman Sachs conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direcção dos governos europeus e do Banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o actual presidente do BC Europeu, Mario Monti, presidente do Conselho Italiano, Lukas Papademos, o novo Primeiro-Ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs. O artigo é de Eduardo Febbro.
Goldman Sachs: como criar uma crise e governar o mundo
A história poderia satisfazer a todas as expectativas dos adeptos das teorias da conspiração: onde está o poder mundial? A resposta cabe num nome e num lugar: na sede do Banco de investimentos Goldman Sachs. O Banco norte-americano conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direcção dos governos europeus e do Banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, Mario Monti, o presidente do Conselho Italiano que substituiu a Silvio Berlusconi, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs.
Desses três responsáveis, dois, Monti e Papademos, formam o anexo avançado da política pela tecnocracia económica, pertencem à rede que o Goldman Sachs teceu no Velho Continente e, em graus diversos, participaram nas mais truculentas operações ilícitas orquestradas pela instituição norte-americana. Além do mais, não são os únicos. Pode-se também mencionar Petros Christodoulos, hoje à frente do organismo que administra a dívida pública grega e que no passado recente foi presidente do Banco Nacional da Grécia, a quem o Goldman Sachs vendeu o produto financeiro hoje conhecido como “swap” e com o qual as autoridades gregas e o Goldman Sachs orquestraram a maquilhagem das contas gregas.
O dragão que protege os interesses de Wall Street conta com homens chave nos postos mais decisivos, e não só na Europa. Henry Paulson, ex-presidente do Goldman Sachs, foi em seguida nomeado Secretário do Tesouro norte-americano, ao passo que William C. Dudley, outro alto funcionário do Goldman Sachs, é o actual presidente da Reserva Federal de Nova Iorque. Mas o caso dos responsáveis europeus é mais paradigmático. A palma de ouro quem leva é Mario Draghi, o actual presidente do Banco Central Europeu, que foi vice presidente do Goldmann Sachs para a Europa entre 2002 e 2005.
Neste posto, Draghi teve um desempenho mais do que ambíguo. O título do seu cargo era “empresas e dívidas soberanas”. Precisamente nesse cargo Draghi teve como missão vender o produto incendiário “swap”. Este instrumento financeiro é um elemento determinante na ocultação das dívidas soberanas, quer dizer, na maquilhagem das contas gregas. Esse engodo foi a astúcia que permitiu que a Grécia se qualificasse para fazer parte da zona do euro. Tecnicamente e com o Goldmann Sachs como operador, tratou-se de então de transformar a dívida externa da Grécia numa dívida em euros. Com isso, a dívida grega desapareceu dos balanços negativos e o Goldmann Sachs ganhou uma vultuosa comissão.
Depois, em 2006, o Banco vendeu parte desse pacote de swaps ao principal Banco comercial do país, o Banco Nacional da Grécia, dirigido por outro homem do Goldmann Sachs, Petros Christodoulos, ex-trader do Goldmann Sachs e... actualmente director do organismo de gestão da dívida da Grécia, que o mesmo e os já mencionados contribuíram para primeiro mascarar e depois, incrementar. Mario Draghi tem um histórico pesado. O ex-presidente da República italiana Francesco Cossiga acusou Draghi de ter favorecido o Goldmann Sachs em contratos importantes, quando Draghi era director do Tesouro e a Itália estava em pleno processo de privatizações.
O certo é que o agora presidente do Banco Central Europeu aparece massivamente indicado como o grande vendedor de swaps em toda a Europa.
Nessa confusão de falsificações surge o chefe do executivo grego, Lukas Papademos. O Primeiro-Ministro foi governador do Banco Central grego entre 1994 e 2002. Esse é precisamente o período em que o Sachs foi cúmplice de ocultação da realidade economiza grega e, enquanto responsável pela entidade bancária nacional, Papademos não podia ignorar o engodo que estava montando. As datas em que o cargo coincide com a operação da montagem. Na lista de notáveis Mario Monti segue-o. O actual presidente do Conselho Italiano foi conselheiro internacional do Goldmann Sachs desde 2005.
Em resumo, muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem-estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. Não cabe dúvida de que existe o que os analistas chamam de “um governo Sachs europeu”.
O português António Borges dirigiu até há pouco – acaba de renunciar – o Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional. Até 2008, António Borges foi vice presidente do Goldmann Sachs. O desaparecido Karel Van Miert – belga – foi Comissário Europeu da Concorrência e também um quadro do Goldmann Sachs. Ottmar Issing foi sucessivamente presidente do Bundesbank alemão, conselheiro internacional do Sachs e membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu. Peter O’Neill é outro homem do esquema: presidente do Goldmann Sachs Asset Management, O’Neill, apelidado de “o guru” do Goldmann Sachs, é o inventor do conceito de BRICS, o grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O’Neill é acompanhado por outro peso pesado, Peter Sutherland, ex-presidente do Goldmann Sachs Internacional, membro da secção “Europa” da Comissão Trilateral – o mesmo que Lukas Papademos – ex-integrante da Comissão da Concorrência na União Europeia, Procurador Geral da Irlanda e mediador influente no plano que culminou com o resgate da Irlanda.
Alessio Rastani tem toda a razão. Este personagem que se apresentou perante o BC como um trader disse há algumas semanas: “os políticos não governam o mundo. O Goldmann Sachs governa o mundo”. A sua história é disso um exemplo, de jogo duplo, como as das personalidades e carreiras dos braços mundiais do Goldmann Sachs. Alessio Rastani disse que ele era um trader londrino, mas que depois se descobriu que não o era e poderia ser parte do Yes Men, um grupo de activistas que, através da caricatura e da infiltração mos meios de comunicação, denunciam o liberalismo.
Entrará para as páginas da história mundial da impunidade a figura desses personagens. Empregados por uma firma norte-americana, eles orquestraram um dos maiores calotes já conhecidos, cujas consequências hoje estão a ser pagas. Foram premiados com o leme da crise que eles produziram.
Eduardo Febbro - Correspondente da Carta Maior em Paris
Tradução: Katarina Peixoto
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: Portal Luís Nassif
Conclusão: Por muito que nos queiram fazer crer que a culpa da situação que se está a viver na Europa é da responsabilidade dos povos que não sabem viver e dos políticos corruptos que não sabem governar, a verdade é que nem tudo é o que parece e nem podemos acreditar em tudo o que nos dizem.
Conclusão: Por muito que nos queiram fazer crer que a culpa da situação que se está a viver na Europa é da responsabilidade dos povos que não sabem viver e dos políticos corruptos que não sabem governar, a verdade é que nem tudo é o que parece e nem podemos acreditar em tudo o que nos dizem.
Não sei, ainda, qual a solução para resolver a actual situação, ou, eventualmente, até saberei! Mas o meu ponto de vista é demasiado radical para as mentes actualmente instaladas no poder me levarem a sério e por isso deixo uma porta aberta à consciência de cada um para ter a vontade de querer mudar o actual padrão de vida e também o rumo pelo qual a nossa sociedade está a enveredar.
Uma coisa é certa, a Europa tem que voltar a ser social em vez de procurar ser liberal. Outrora no Velho Continente os ideais que levaram à construção da unidade europeia eram distintos do comunismo soviético e do liberalismo americano, hoje está tudo junto e misturado e o resultado é o que está à vista!
Assim, sugiro que encontremos formas de lutar contra o que nos está a suceder para conseguirmos sair do buraco para onde nos estão a querer empurrar...
João Galizes