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17.12.12

Anti-patriotismo? - "Porreiro, Pá!"


"Porreiro, Pá!"

   É curioso, como Portugal, ao contrário de tantos países, sofre de tamanha falta de patriotismo dos seus governantes e de muitos outros membros da população!
   Vejamos os seguintes casos: o interesse do ex-
-Primeiro-ministro, Sr. Pinto de Sousa (o sr. Porreiro-Pá), de aderir ao Acordo de Londres sobre patentes que dá preferência
 às línguas inglesa, francesa, e até alemã em detrimento da portuguesa!


   
   O mesmo podemos dizer acerca do Acordo Ortográfico, como se pode ver no texto que se segue:
Já tenho afirmado, em resposta a essa questão colocada por jornalistas, que o acordo que Portugal assinou há vários anos atrás (porque tal acordo já foi assinado) não representa nenhum benefício para a língua e cultura portuguesa, pelo que não traria qualquer prejuízo se não entrasse em vigor. De resto, não vejo qualquer problema em que o português escrito possa ter grafias um pouco diferentes conforme seja de origem portuguesa ou brasileira. Antes pelo contrário, ajuda a mostrar a diversidade das expressões e acentua os factores de diferenciação que nos distinguem realmente e que reforçam a nossa identidade. Aliás, considero míope a visão de que o mercado brasileiro de cultura passará a estar aberto aos autores portugueses em razão da homogeneidade da grafia, pois que o interesse desse mercado pela nossa produção só pode depender do real interesse pelas nossas especificidades e aí a suposta barreira do grafismo não chega a ser uma barreira, pode ser um factor de distinção que acentua o interesse pela diferença.
Com os melhores cumprimentos
Pedro Passos Coelho


   Ora, nem o Primeiro-Ministro nem o seu Governo decidiram suspender a aplicação do Acordo Ortográfico que não traz vantagens para a população em geral, senão para alguns grupos editoriais portugueses que possam passar a ter algumas vantagens no Brasil. Já este grande país, tanto em termos geográficos como em número de falantes, decidiu suspender a aplicação do Acordo até 2016, e quem sabe, poderá nunca vir a colocá-lo em prática como tem acontecido no passado!


   E, para referir mais caso, entre tantos outros de falta de patriotismo, mencionemos o caso da transacção da TAP para mãos estrangeiras sem qualquer vantagem para o país...

Até ao dia 7 de Dezembro o empresário Germán Efromovich, presidente do Grupo Sinergy, apresentará a sua proposta financeira para a aquisição da TAP e as demais empresas que integram a rede da companhia aérea portuguesa, entre elas, a Groundforce e a VEM – Manutenção e Engenharia, sediada no Brasil. O valor da oferta é calculado entre 1.200 e 1.500 milhões de euros, dos quais mais de 1.000 milhões serão direccionados à VEM, que está com um passivo em torno deste montante. Segundo discreta nota publicada pelo Jornal do Commercio (do Brasil), “quem está ajudando o empresário brasileiro-colombiano[-polaco-boliviano(?)] Germán Efromovich a comprar a TAP é o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Miguel Relvas. O ministro tem amigos influentes no Brasil, inclusive José Dirceu”. [...]
   O texto acima foi publicado no Bahia Negócios e apesar de conter pelo menos uma incorrecção (no original, a de que o Jornal do Commercio é português) apresenta outros dados como o valor de, pelo menos, mil milhões (ou mais) que serão para pagar à VEM, uma empresa do grupo TAP, sediada no Brasil, país da nacionalidade do presidente da companhia aérea portuguesa, bem como do único interessado na compra da empresa. Quem colocou um estrangeiro à frente da companhia com vista à sua privatização não foi um patriota, e quem estiver disposto a entregá-la ao único forasteiro interessado na sua compra, patriota também não será!



   Patriota não é quem manda os portugueses emigrar, patriota não é quem diz que o salário mínimo precisa de autorização dos estrangeiros da Troika para poder ser aumentado, patriota não é quem diz que o imposto das empresas (IRC) só se pode baixar com permissão dos estrangeiros da União Europeia, e patriota também não é quem deixa um povo passar dificuldades em favorecimento de usurários estrangeiros...
   Assim como falta de patriotismo demonstraram todos os políticos que têm deixado o país, em maus lençóis, para depois se desresponsabilizarem e viverem de chorudos salários de organizações internacionais, ou simplesmente para estudarem em célebres universidades da Europa...       Não é patriota quem está à frente de empresas que escolhem outros países para a sede da firma. Não são patriotas os governantes portugueses que aceitam placidamente que a Senhora da Europa seja a favor da austeridade nos países dos outros, mas não aumente impostos no seu para proteger a classe média em pré-
-campanha eleitoral. Também não é patriótico quem compra submarinos a empresários corruptos mas onde não há prejuízo para o comprador. Enfim, é o país que temos, feito pelo povinho que temos. Venham de lá 10 estádios de futebol que é isso que queremos, pois este é o nosso fado (património)! Alguém pode querer melhor? Impossível! Já temos tudo... até temos brinquedos caros sem pilhas!


Segundo submarino chegou a Portugal


Fontes: Expresso
            ILC
            Bahia Negócios
            CM
            Dinheiro Vivo
            Público Economia
            DN Economia
            DN Opinião
            Sapo.notícias
            Esquerda.net
Uma Terra Sem Amos
e outras, ao longo do texto...

14.12.12

UE: retrocesso das conquistas sociais

Lula venceu por unanimidade uma eleição que contou com 177 nomes, de 57 países. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula.
Lula da Silva:
"UE não pode permitir retrocesso das conquistas sociais"


   O Brasil, apesar de ser a 6ª. economia mundial, é um país que ainda precisa avançar muito para alcançar o nível da maioria dos países europeus. Portugal está à frente do Brasil em muitos aspectos, no entanto, muitas das conquistas da população portuguesa e das doutros países europeus estão, agora, a ir por água a baixo. A seguir é possível ler um excerto do comentário do Presidente brasileiro, e um link no final para aceder ao texto na íntegra...
O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apelou à União Europeia para não retroceder nas suas conquistas sociais e no Estado providência, que demoraram décadas para serem alcançados, ao discutir a crise económica.
"Vocês não podem permitir em nenhum momento que haja um retrocesso nas conquistas que fizeram durante décadas, e pelas quais o Brasil e outros países estão a lutar hoje. Nós lutamos para conquistá-las, vocês, para não perdê-las", disse Lula da Silva em Barcelona, onde recebeu o 24.º Prémio Internacional Catalunha.
O ex-Presidente brasileiro recebeu o prémio como reconhecimento do seu trabalho no Governo do Brasil, onde a sua política de crescimento motivou a surgir uma nova classe média e favoreceu a divisão mais igualitária da riqueza.
Lula da Silva realçou que a luta da Europa pelas conquistas sociais "por muito tempo foi exemplo para muitas pessoas".
Sobre a União Europeia, o ex-Presidente brasileiro afirmou que o bloco está mais unido do que nunca, mas que possui defeitos.
"Isso não pode levar ao desespero, é um momento para muita reflexão e muito debate", vincou.
Lula da Silva afirmou ainda que o desenvolvimento mundial deve ser resultado de um processo de todos os continentes, passando pela inclusão dos pobres na economia dos seus países e dos países pobres na economia mundial.


Leia o discurso de Lula em Barcelona: Prémio Internacional Catalunha

   Os sul-americanos vêem com facilidade aquilo para o qual os governantes europeus fecham, hoje, os olhos.

Fontes: Expresso .pt
            Instituto Lula

2.12.12

Mudar o Mundo...

...melhorando a vida de cada um!

   Achas que o mundo está uma porcaria? Gostarias de mudá-lo, de melhorá-lo?  É simples, basta fazeres um pequeno gesto por alguém que necessite e esteja perto de ti. Não vai adiantar muito ficarmos apenas reclamando pelo que está mal, pois o mundo está cheio de gente surda! Quando ninguém nos ouve, então o melhor, mesmo, é o exemplo, pois é aquilo que os olhos vêem...

   Palavras são boas, mas também nem sempre são suficientes... diz o adágio que uma imagem vale mais do que mil palavras, vejamos, então, o vídeo que se segue:



   Lembram-se do filme Favores em Cadeia?

 

   Tão simples como isto, o desejo dum garoto que apenas pensa em ajudar três pessoas, conquanto cada uma delas ajude outras três, e assim sucessivamente...

   Queres mudar o mundo? Difícil será mudá-lo duma só vez, e melhorar, tudo e todos, ao mesmo tempo. Então, comecemos apenas por ajudar alguém perto de nós... Isso irá fazer toda a diferença! Vamos a isso!

27.11.12

Indignai-vos! Indignemo-nos!


   Stéphane Hessel, antigo membro da Resistência Francesa escreveu: "INDIGNAI-VOS", um sentimento que nos é aconselhado como atitude, tanto a nós portugueses, como a outros povos da Europa e do mundo inteiro, hoje em dia.
   Hessel também se indignou contra a ocupação, alemã, da França, na II Guerra Mundial, contra a qual se empenhou no combate pela libertação do país ocupado, combatendo o país onde ele nasceu. Apesar de ter nascido alemão foi naturalizado francês aos 8 anos de idade. Hessel conseguiu perceber onde restava a razão.
   Quer assim o consideremos ou não, a verdade é que nós "europeus do sul" também estamos a ser ocupados pela Germânia, e não só por eles mas por outros também...



   Neste preciso momento é mesmo necessário que nos indignemos por toda a Europa, pois não é justo que, em Portugal, Espanha, Itália e Grécia, as populações vão ficando sem casas para morar e tenham que passar fome por perderem os empregos só para que os seus países paguem a usura dos empréstimos que lhes são concedidos com o beneplácito dos seus governantes!

   Mas, não são apenas os povos do sul da Europa que estão a sofrer! Não. Infelizmente, outros povos também sofrem com os abusos do capitalismo, como os africanos, os índios das Américas do Norte, Central e do Sul, e demais povos asiáticos, e não é apenas de hoje, mas de há muito tempo a esta parte.

Há quem vá tendo coragem para falar em público, e dizer as verdades...




   Gostaria de saber como irão sentir-se, um dia, no futuro, os políticos e banqueiros que ao olharem para trás poderão ter a oportunidade de ver países e povos destroçados, por eles, em nome sabe-se lá de quê!

   A indignação não deverá ser violenta, ou os governantes arranjarão justificações para agredir os indignados. No dia 14 de Novembro, em Lisboa (à semelhança doutras cidades europeias como Madrid e Atenas) os jovens enfrentaram e provocaram as forças policiais. Durante cerca de 1 hora deram motivos para que, no final, a Polícia investisse de forma violenta sobre os manifestantes indignados.
   É necessário compreender que violência gera mais violência, logo, a solução, que é a indignação e a contestação terá forçosamente que ser pacífica. Será que alguém terá acreditado que a Polícia não iria reagir!? Será que ninguém se lembrou do ditado que nos alerta "quanto mais o carneiro recua, maior será a marrada"? Talvez os jovens, por já não conhecerem os ditados populares, ou por não quererem dar ouvidos ao que dizem os mais velhos ou, ainda, na ânsia de quererem medir forças com o Governo e com a Polícia, se tenham excedido, ou até mesmo (quem sabe!) seguido o ímpeto de quem os possa ter incentivado à violência. O "carneiro" recuou durante uma hora, e depois marrou com a força que se viu...

   Gostaria, aqui, de relembrar - ou dizer a quem não sabe, e isso será raro - que Gandhi, um activista e adepto da não-violência, conseguiu a independência da Índia de forma pacífica. Gandhi ganhou notoriedade pela sua política de desobediência civil, conforme se pode ver na sua biografia.

   Vamos continuar a indignar-nos manifestar-nos nas ruas, mas sem violência até que o bom senso prevaleça e vença a inconsciência política que é gerida por gente sem escrúpulos ao serviço da desmesurada ganância financeira. BASTA!


23.11.12

Procure a marca Pampilar

   "A Instrução e o Trabalho formam a alavanca com que se revolve o mundo."
Egas Moniz, 1898



   Pensei em escrever sobre a Pampilar, uma empresa portuguesa consciente e que progride no meio desta pseudo-crise e que foi notícia num dos telejornais da nossa TV. Ao pesquisar mais sobre a empresa encontrei o texto que se segue no blogue Aventar, pelo que optei por reproduzi-lo aqui.

Pampilar não é só papel
16/11/2012 Por  

Ontem ao jantar ouvi falar desta empresa de produção de artigos de papel para consumo doméstico (V. N. de Gaia): a Pampilar, nome difícil de fixar. Mas fica na memória a sua filosofia empresarial. Pensam nas pessoas, nos funcionários. É feita de gente que lhe dá as cores.
Em tempo de crise é um exemplo que chama a atenção, sem dúvida: divide os lucros anuais com os trabalhadores. Em média, a Pampilar oferece por ano até 5 mil euros aos funcionários.
“A empresa está a funcionar bem e pondera até contratar mais 20 pessoas.”
Queremos isto para todos os trabalhadores: o reconhecimento do seu trabalho; considerá-los como peças fundamentais do sucesso das empresas; um tratamento humano e justo, no fim de contas.
Disse um dos funcionários mais velhos da Pampilar: “esta é a minha segunda casa”.
Trabalhar tem que ser bom (ou suportável). Não pode ser um castigo, um inferno, «uma merda», uma prisão… Ninguém ganha com isso.
Trabalhadores satisfeitos, resultados alcançados.
Da próxima vez que for às compras, procuro a marca Pampilar!

   Comecei este post com uma frase do Prémio Nobel da Medicina, Dr. Egas Moniz, escrita no final do séc. XIX que é precisamente o oposto dos recados que os ministros enviam à população portuguesa mais de uma década depois de já termos entrado no séc. XXI. A instrução não tem importância, reduzem-se os "gastos" com a educação, ignoram-se os licenciados, os ministros procuram soluções germânicas para um povo latino, e aceita-se negligentemente o aumento do desemprego mandando-se emigrar jovens licenciados e desempregados!!!

   Afinal, ainda há boas notícias neste país, uma delas chama-se Pampilar. Vamos procurar esta marca e adquirir os seus produtos e incentivar outros empresários a fazerem o mesmo com as suas empresas... em vez de fugirem com as suas sedes para a Holanda, ou aplicarem os seus lucros em paraísos fiscais!


Fontes: Aventar
           TVi24
 

15.11.12

Artigo na Visão: Ainda Pepe Mujica



   É de lamentar que seja de forma resumida que a revista Visão se refira ao Presidente do Uruguai, José Mujica. O título do artigo, como em tantas outras publicações por aí menciona este Estadista como o mais 'pobre' (!?) presidente do mundo. E tudo o que se lê a seguir parece não passar duma simples obrigação editorial de publicar algumas linhas sobre um Homem que tem, ultimamente, andado nas bocas de tanta gente, devido à sua forma correcta de exercer as suas funções presidenciais, contrárias aos esbanjadores ministros, deputados e restantes políticos portugueses e dos da maioria dos países por este mundo fora!
   Até o pobre VW Carocha (ou Fusca) de outrora foi elevado à nova nomenclatura de "Beetle"! Coisa chique com que o Presidente jamais se preocuparia...
   De elogiar é mesmo o parágrafo com que termina o artigo, com palavras saídas da boca do Presidente, mas não de qualquer jornalista ou repórter!


Uruguai

O presidente mais 'pobre' do mundo

Jose Mujica vive numa quinta, com pouco mais de 900 euros por mês. Os outros 90% do seu ordenado vão para doações. Conheça o Presidente do Uruguai

12:48 Quinta, 15 de Novembro de 2012

Apenas a presença de dois polícias quebra a aparência de
"normalidade" na quinta onde vive o chefe de Estado do
Uruguai. Cá fora, a roupa seca ao sol e as ervas reclamam
um corte. Manuela, uma cadela de três pernas vigia a casa.

Foi por esta quinta, propriedade da primeira-dama, que Jose
Mujica, antigo guerrilheiro, trocou a luxuosa residência oficial.
Conduz um Volkswagen Beetle de 1987, que é o seu bem
mais caro.

O facto de doar 90% do seu salário como Presidente para a
caridade, deixa-o com cerca de mil euros mensais.

Eleito em 2009, Mujica passou grande parte das décadas de
60 e 70 a lutar ao lado de um grupo armado inspirado na
revolução cubana. Foi alvejado seis vezes e esteve preso
durante 14 anos, até 1985.

"Chamam-me o 'presidente mais pobre', mas eu não me
sinto pobre
", declara, à BBC. "Pobres são os que só
trabalham para  tentar manter um estilo de vida
dispendioso e querem sempre  mais e mais
". "É uma
questão de liberdade", conclui.

Fonte: Visão online




Nova Ordem Mundial


    Grandes mudanças estão a ocorrer na sociedade portuguesa (na Europa e no mundo), e o Povo não está a entender o motivo. O Povo percebe que está a ser roubado para subsidiar a Banca. Vê como está a perder as regalias sociais conquistadas ao longo de décadas, só não compreende a razão! Os portugueses elegeram um Primeiro-ministro que após tomar posse não cumpre o que prometeu na campanha eleitoral; não defende o Povo do País que deveria estar a governar, e é "incompreensivelmente" subserviente ao poderio estrangeiro. E, o Povo continua a não perceber o porquê!



   A resposta está na subjugação à Nova Ordem Mundial, e que se poderá compreender melhor com o vídeo apresentado a seguir.

   A reposta está na reacção por oposição dos Povos às atrocidades que os diversos Governos estão a querer implementar a nível global...


Vídeo:
A Decepção de Obama
de: Alex Jones



A solução nunca poderá surgir do ódio e da violência, 

mas, sim, através do Amor…


Pedro Abrunhosa escreve a Angela Merkel

Pedro Abrunhosa escreve a Angela Merkel

O músico e compositor português aproveitou a visita da Chanceler alemã, Angela Merkel, a Portugal para lhe escrever uma carta na sua página do Facebook.

Na missiva, Pedro Abrunhosa destaca a importância, a nível europeu, de uma classe média que hoje é fustigada pela austeridade."Ao entronizar austeridade sobre austeridade para os seus parceiros europeus, algo que não pratica em casa, está V.Exª a matar o que resta do motor da economia da zona Euro e a trucidar o que resta do Estado Social."

Ler aqui a carta na integra:

«Exma. Sra. Merkl,

»Fala-lhe um cidadão português do interior daquilo que já foi a classe média. Como deve saber, como líder da maior economia da União Europeia, a ex-classe média foi a salvaguarda do sistema democrático porque reuniu em si a génese de um sistema que resultava da iniciativa, trabalho, produtividade, justiça fiscal, oportunidade, emprego, riqueza, qualidade individual e colectiva de vida.

»Foi a classe média europeia um sonho de igualdade social, abençoado à esquerda e à direita, que sustentou nas democracias europeias a estabilidade e a Paz. Foi também através da classe média que o Estado Social, que e Europa se orgulhou de um dia ter criado, se financiou, permitindo a inúmeras gerações reformas dignas, sistemas de saúde eficazes, justiça, ensino, acesso a bens culturais, equidade e paz social.

»Parece-me que a forte economia alemã, que é o primeiro país da União a não cumprir contenção, controle do deficit, sobreendividamento público, conquistou este estatuto a reboque do que a ex-classe média do resto da Europa produziu como superavit, uma vez que o maior mercado para os produtos alemães é a restante UE.

»Ao entronizar Austeridade sobre Austeridade para os seus parceiros europeus, algo que não pratica em casa, está V.Exª a matar o que resta do motor da economia da zona Euro e a trucidar o que resta do Estado Social. Não ficará a Alemanha que V.Exª dirige isenta de culpas no crescimento de uma preocupante conflitualidade social a cada dia mais violenta, na desagregação do espírito europeu, no fim do sentido de comunidade e pertença, no fim do projecto Euro, no desaparecimento da Paz na Europa, historicamente tão vulnerável à falta de solidariedade interna entre os seus membros.

»Quer-me parecer que esta vontade indómita de liderança que V.Exa quer impor aos seus parceiros, faz deles menos parceiros e mais súbditos. Por essas razões, e muitas outras, Portugal, que nunca foi súbdito, começou já a demonstrar nas ruas, já que o Governo o não faz, que não aceitará trabalhar mais, pagar mais, para o enriquecimento do único pais que afinal V.Exa, já a muito custo, ainda dirige.

»
"Um muro por mais alto não separa
Os que têm fome dos que têm a seara."
 in Verdade 
álbum Silêncio, 1999»

Pedro Abrunhosa


14.11.12

Estamos na 3ª. Guerra Mundial

Grécia



Na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha tentou impor o seu domínio sobre a Europa através do poder de armamento bélico. Mais de meio século depois, a Alemanha, volta a tentar impor-se na Europa, mas usando desta vez um poder de armas mais sofisticadas, o poder económico e financeiro. Desta vez, certamente que irá conseguir uma vitória com menos danos materiais e casualidades no seu território. Países como Portugal e a Grécia, a qualquer momento poderão ser dos primeiros a cair. Tudo é uma questão do momento oportuno para que país após país, acabe em incumprimento das suas obrigações externas e compromissos com respeitos às obrigações sociais de cada Estado para com os seus cidadãos.

As iniciativas e recuos constantes sobre medidas de apoio aos países em dificuldades económicas, demonstram a incapacidade de encontrar medidas que possam beneficiar os países em crise, sem afectar os objectivos ou interesses em causa para a Alemanha e os mercados financeiros aliados dos alemães. As iniciativas de apoio e recuos constantes, funcionam como uma arma psicológica contra os governos e povos desses países, que pode incendiar tumultos sociais de consequências devastadoras.

A Espanha, analisando os riscos e danos causados pelos apoios de solidariedade, se é que isso se pode chamar às medidas de austeridade impostas, vai procurando com mais precaução, analisar as suas opções. Mas independente de todas as precauções, é tudo uma questão de tempo de quando vai cair.

Temos que admitir, que muitos dos países em crise, foram aliciados com benefícios, à entrada na Comunidade Europeia e à adesão à moeda única. Viram as vantagens da integração num sistema de moeda única, como que uma mais-valia para um futuro mais benéfico. Mas como tudo na vida, há desvantagens ou efeitos contrários, a que os governos nunca deram a devida atenção e dos quais estão acabando vítimas. Muitos países, como Portugal, entraram num ciclo vicioso de consumo e desinteresse por produtividade, acreditando que a partir de então tudo estava garantido. Tornaram-se novos-ricos sem capacidade de gerir as oportunidades com que se depararam.

Estamos já na 3ª guerra mundial. Tal como as anteriores, com maior efeitos na Europa. Mas esta guerra, não envolve armas bélicas das mais sofisticadas, mas sim armas de um poderio económico e financeiro, que podem tornar refém países e condenar os seus povos a escravos por tempo indefinido, com remunerações que em muitos casos são insuficientes para uma sobrevivência com dignidade.

Esta guerra mundial, poderá ter uma duração muito superior às anteriores com vítimas na ordem dos milhões em todos os países que caírem, debaixo do poder alemão e dos grupos financeiros. Em Portugal há já 3 milhões de portugueses abaixo da linha de pobreza, e onde a capacidade de cuidar dos doentes e feridos e enterrar os mortos é cada vez menor, dado os cortes consecutivos na saúde na ordem das centenas de milhões de euros e mesmo, cortes nos subsídios de funerais para enterros dignos.

O nosso governo actual , tem pouca competência e muita falta de determinação e respeito pelos direitos do povo português. Mas duvido que haja algum governo em qualquer dos países que seja atacado, que possa ter capacidade de sobreviver a esta guerra de interesses económicos e financeiros. A maioria dos governos não sobreviverá mais de um mandato e muitos nem um mandato concluirão.


opaisquetemos.wordpress.com


Fonte: Visão



Espanha


Lisboa

Pergunto: Que mundo é este
que passa a Vida em guerras?


Lisboa

NÃO À VIOLÊNCIA!


violência gera violência
e não resolve as situações


Pode ver-se que até agora a violência não melhorou a situação na Grécia, nem em Espanha e também
não a resolverá em Portugal!

A via será sempre por uma oposição pacífica 
e por "batalhas" de pacifistas!

NÃO ÀS REACÇÕES VIOLENTAS COMO RESPOSTA
À VIOLÊNCIA DO GOVERNO SOBRE O POVO

Protesto Europeu Contra a Austeridade


14 Nov. Greve Geral Internacional
Portugal; Espanha, França; Itália; Malta; Grécia; Chipre
Protesto em: 29 países


Um mega-protesto contra a austeridade realiza-se, esta quarta-feira (dia de Greve-Geral em Portugal e em Espanha) em 29 países europeus (incluindo a Turquia).

A Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) é responsável por esta iniciativa e vai mobilizar cerca de 40 organizações sindicais, tendo como lema "Pelo emprego e a solidariedade na Europa, não à austeridade".

A ideia é apelar à Europa que tenha uma governação económica mais justa.

"Não estamos contra a disciplina orçamental nem contra a Europa. Aquilo que contestamos é este tipo de austeridade cega, esta governação económica e esta Europa", afirma o responsável Patrick Itschert à TSF.

O mesmo sublinha que o objetivo deste mega-protesto é atacar a austeridade e apontar novos caminhos. "A mensagem é muito clara: a austeridade não funciona. Existem alternativas. A competitividade olhando apenas para os salários é outra falha. A austeridade está em curso há anos e não funciona".

O secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos diz ainda que Portugal é um exemplo claro das falhas das políticas de austeridade.

"É um dos exemplos da espiral negativa provocada pela austeridade. É assim na Grécia, Espanha, Portugal. Dizer às pessoas que gastaram de mais e que a austeridade é necessária não é verdade. É possivel espalhar esse esforço ao longo de mais anos. O problema é a especulação e os juros. É preciso um programa de investimento europeu que faça crescer, de novo, a economia", conclui.

Fonte: iOnline


   Há uma grande necessidade dos europeus em geral, e dos governos em particular, perceberem que a União Europeia precisa de ter uma verdadeira união social. É necessário valorizar mais as pessoas do que os mercados de capital.
   Os regimes comunistas já mostraram que não eram a solução. Os regimes capitalistas estão a mostrar que não são a solução. Está na hora da nova revolução social: o que conta, o que importa, são as pessoas.
   Enquanto não houver uma verdadeira consciência sobre isso, então, nada poderá evoluir...

   Hoje um apresentador da TV portuguesa disse: "Com o mal dos outros podemos nós bem..."
   Enquanto as pessoas continuarem a pensar que os problemas dos outros são apenas deles, e não seus, então, torna-se difícil encontrar o cerne do que é importante para os seres humanos, e alcançar o verdadeiro objectivo da Vida. O Planeta Terra é como uma nau, ou uma nave, em que todos viajam em conjunto e não isolados. O destino de uns é o de todos. O azar de uns inevitavelmente arrasta outros...
   O melhor será as pessoas habituarem-se a viver em conjunto e não apenas para si mesmas. Alcançar a felicidade é o objectivo, conviver é o segredo, e saber usar o Amor é a ferramenta-chave!


12.11.12

"Hallo" Germânia


   Quando o Povo quer o Mundo muda, quando os Povos acreditam o Mundo melhora...

   Várias revoluções, mais ou menos, pacíficas têm modificado o mundo. Em Portugal aconteceu em 1974, com o derrube da ditadura; na Alemanha foi em 1989, com o derrube do Muro de Berlim. Em 1990 dá-se a reunificação da Alemanha Federal com a Alemanha Democrática e nesse mesmo ano a Alemanha decidiu, unilateralmente, que a sua antiga dívida tinha caducado. Um conceito interessante para ser analisado pelos portugueses. Não se esqueçam: quando o Povo quiser o país muda, aliás, melhora. Basta abrir os olhos. Em 2005 a Alemanha (e a França, também) ultrapassou os limites permitidos para o déficit dos países da União. Nenhum país foi sancionado!

   Em toda esta situação acho curioso que a União Europeia possua um Presidente, fantoche; um Presidente da Comissão, fantoche; e uma chefe de Governo dum estado-membro que manda em todos os outros Estados!

   Já conseguimos perceber que o Governo português não defende o seu/nosso Estado, pois encontra-se, como fantoche, às ordens do Estado dos outros. Também não percebo onde andam nem o que fazem todos os euro-deputados, e em especial os portugueses! Serão fantoches? Então, só mesmo os povos da União poderão fazer alguma coisa por si e pelos outros quando abrirem os olhos, pois estão entregues a si mesmos. Os Governos ou não os protegem ou enganam-nos! É pena!

   Não são muitos os alemães que visitam este blogue, mesmo assim deixo aqui um vídeo para eles, com versões em três línguas 1) alemão; 2) português, e, 3) inglês:

1) 
Deutsch Version (DE)

2)
Versão em português (PT)

3)
English version (EN)


   Espero que muita gente entenda que o que está a acontecer em Portugal, na Grécia e noutros países da UE não é apenas resultado de más governações mas, também, originado por interesses financeiros, por falta de compreensão dos povos europeus e por falta de solidariedade... mas nunca se esqueçam que quando um país cair os outros cairão também, arrastados por nada terem feito...

   Ninguém poderá considerar que é cada um pensando apenas em si que consegue resolver os problemas, pois estes são de todos! Será difícil perceber isso? Há que lembrar, ou ensinar a quem não souber, que o que faz a união é a força...

   Se os alemães pensarem que irão continuar tranquilamente o seu caminho quando todo o resto da Europa cair, então, estarão enganados, e o melhor é pensarem que para se terem erguido das cinzas da Guerra precisaram de ajuda externa e renunciar ao pagamento de dívidas...

   Denken Sie darüber!

   Auf wiedersehen...

4.11.12

O sentido da vida humana - Pepe Mujica

José (Pepe) Mujica - Presidente do Uruguai


   Debruçamo-nos tanto sobre os nossos problemas que facilmente enveredamos pelo caminho da crítica aos nossos governantes, esquecendo-nos que outros povos existem e que nos podem ajudar a ter uma outra visão sobre o mundo, acerca da Vida e que nos incentivem a mudarmos o rumo da nossa própria vida.

   Ultimamente muito se tem falado sobe a crise que assola a Europa e do modo como procurar e encontrar uma forma de resolvê-la. Também, recentemente, alguma coisa se tem falado sobre o Presidente dum país sul-
-americano, a quem designam como o "Presidente mais pobre". Este Homem poderá ser "pobre" em bens, ou pelo salário que recebe (porque assim o deseja), mas é rico de espírito, ao contrário de muitos ricos no mundo inteiro que acabam por ser pobres de espírito.


   Vale a pena ouvir as palavras deste Homem simples, que não é apenas um político mas, sim, O PRESIDENTE, que qualquer povo merece. Eis o vídeo do seu discurso na Conferência RIO + 20:

Legendas em português
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   Os actuais políticos mundiais, embora actuem de maneira diferente, aprenderam todos pela mesma cartilha - bem, parece-me que há duas cartilhas: a do político bandido e a do bandido político. O bandido político, pode não ter estudos, pode ser presidente pela força ditatorial, pode oprimir o seu povo deixando-o na miséria enquanto ele enriquece, pode viver no chamado terceiro mundo, enfim é um crápula sem consciência. O político que é bandido, pode ter um curso universitário, pode ter aprendido muita teoria, pode viver no mundo chamado "civilizado" e ter nascido rico, mas na hora de governar acaba por prejudicar os mais fracos e beneficiar os mais ricos, que são os mais fortes. Enriquece deixando o povo na miséria, é um crápula sem consciência. Faz do mundo uma autêntica selva quase como os bandidos que se tornam políticos. Há político que se transformam em bandidos e bandidos que se transformam em políticos, mas acabam todos por ser apenas bandidos, enquanto não souberem comportar-se como políticos...

   Se os nossos políticos parecem não mudar de forma positiva, vamos nós, os outros, modificar positivamente as nossas mentalidades e atitudes, e o mundo irá melhorar, com certeza.


28.10.12

O monoteísmo do capital financeiro e a felicidade



por ANSELMO BORGES20 de Outubro de 2012

no DN Opinião


De finanças o meu conhecimento é praticamente nulo. De ciência económica, quase. Mas não fico muito aflito, pois o que noto é que entre os economistas a confusão é imensa, tornando-se cada vez mais claro que, afinal, a economia é tudo menos uma ciência exacta.

Mas vamos ao capital, que é mesmo capital, como diz o étimo: caput, capitis (cabeça), necessário e até essencial para a existência humana. Seguindo em parte uma taxonomia de P. Bourdieu, X. Pikaza apresenta os diferentes sentidos de capital.

Nos capitais simbólicos, encontramos o capital sócio-cultural - o conjunto das riquezas simbólicas dos grupos e da humanidade, começando na língua e continuando nas tradições, nas esperanças de futuro, nas artes e tecnologias, nos saberes tradicionais e nos novos saberes científicos e técnicos - e o capital ético, incluindo os diferentes domínios da vida, no plano social, laboral, jurídico, abrangendo, portanto, o capital político, jurídico, religioso...

Mas, quando se fala em capital, pensa-se fundamentalmente no capital monetário e financeiro. Evidentemente, também este é um capital simbólico, mas hoje é o dominante, acabando por subordinar os outros. O capital de consumo situa-se no mundo da vida, está ao serviço da vida e da produção de meios para o consumo, bem-estar e desenvolvimento da humanidade. Há um capital monetário ligado à produção e distribuição do poder, isto é, das relações sociais, no quadro dos valores humanos e da democracia, da distribuição dos meios que permitem a realização dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, num plano ético.

O problema maior é que nas últimas décadas se foi dando o triunfo do capital financeiro, sobretudo na sua vertente neoliberal, desligado da produção de bens materiais e da distribuição de bens sociais, para se transformar em fim em si mesmo, sem atender à vida das pessoas e acima dos próprios Estados, que devem garantir os direitos humanos e a igualdade dos cidadãos. Fim em si mesmo, domina os próprios mercados, que "já são mercados do capital".

Encontramo-nos diante do "perigo de um monoteísmo do capital financeiro, que aparece assim como o único Deus do nosso mundo. Um capital por cima da produção de bens e da administração da justiça dos Estados, um capital sem normas éticas, sem outra finalidade que não a do desenvolvimento do próprio capital nas mãos de poderes financeiros frequentemente sem nome."

Este capital toma conta de todos os outros, a começar pelo capital ético, e está na base de uma guerra em curso, que custa milhões de vítimas.

Esta situação exige reflexão, pois cada vez se torna mais clara a urgência de mudar globalmente de paradigma. Entretanto, é salutar saber de exemplos de solidariedade e ética, que animam a esperança e são sinal de que a humanidade verdadeira mora para outras bandas.

A gente nem quer acreditar, quando lê, em Isabel Gómez Acebo e no Courier International, o exemplo impressionante do presidente do Uruguai, José Mujica. Após a eleição, continua a viver na sua pequena casa, numa zona da classe média, nos arredores de Montevideu. Tem um salário de 12500 dólares mensais, mas dá 90%, vivendo com 1250 (que lhe basta, pois muitos concidadãos vivem com menos). A mulher, a senadora Lucía Topolansky, também dá a maior parte do seu salário. Como transporte oficial utiliza um Chevrolet Corsa. Durante o Inverno, a residência oficial servirá de abrigo aos sem tecto. Mandou vender a residência de Verão do presidente, e o resultado da venda destina-se, entre outros usos, à construção de uma escola agrária para jovens sem posses.

Na reunião do Rio+20, pronunciou um discurso especial. Aconselhou a uma mudança de vida, pois foi para sermos felizes que viemos ao mundo. Ora, na sociedade actual, vivemos completamente obcecados com o consumismo: trabalhamos para consumir sempre mais... tendo de pedir empréstimos que temos de devolver, e esquecemo-nos da felicidade. É este o destino da vida humana? Terminou, estimulando à luta pela conservação do meio ambiente, porque "é o primeiro elemento que contribui para a felicidade".


Onde tive oportunidade de ler este texto: O Jumento
e também em: Devaneios a Oriente

Neoliberalismo: aonde pretendes levar toda esta gente? A troco de quê?


   Este é o resultado final do consumismo desenfreado sem preocupações sociais... O infortúnio de uns trará sempre, também, infelicidade aos outros, pois ninguém fica imune ao que acontece ao seu redor, por muito que enterre a cabeça na areia, fingindo que está tudo bem.

   Vamos pensar nisto!