Vejamos os seguintes casos: o interesse do ex-
-Primeiro-ministro, Sr. Pinto de Sousa (o sr. Porreiro-Pá), de aderir ao Acordo de Londres sobre patentes que dá preferência às línguas inglesa, francesa, e até alemã em detrimento da portuguesa!
O mesmo podemos dizer acerca do Acordo Ortográfico, como se pode ver no texto que se segue:
Já tenho afirmado, em resposta a essa questão colocada por jornalistas, que o acordo que Portugal assinou há vários anos atrás (porque tal acordo já foi assinado) não representa nenhum benefício para a língua e cultura portuguesa, pelo que não traria qualquer prejuízo se não entrasse em vigor. De resto, não vejo qualquer problema em que o português escrito possa ter grafias um pouco diferentes conforme seja de origem portuguesa ou brasileira. Antes pelo contrário, ajuda a mostrar a diversidade das expressões e acentua os factores de diferenciação que nos distinguem realmente e que reforçam a nossa identidade. Aliás, considero míope a visão de que o mercado brasileiro de cultura passará a estar aberto aos autores portugueses em razão da homogeneidade da grafia, pois que o interesse desse mercado pela nossa produção só pode depender do real interesse pelas nossas especificidades e aí a suposta barreira do grafismo não chega a ser uma barreira, pode ser um factor de distinção que acentua o interesse pela diferença.Com os melhores cumprimentos
Pedro Passos Coelho
Ora, nem o Primeiro-Ministro nem o seu Governo decidiram suspender a aplicação do Acordo Ortográfico que não traz vantagens para a população em geral, senão para alguns grupos editoriais portugueses que possam passar a ter algumas vantagens no Brasil. Já este grande país, tanto em termos geográficos como em número de falantes, decidiu suspender a aplicação do Acordo até 2016, e quem sabe, poderá nunca vir a colocá-lo em prática como tem acontecido no passado!
Até ao dia 7 de Dezembro o empresário Germán Efromovich, presidente do Grupo Sinergy, apresentará a sua proposta financeira para a aquisição da TAP e as demais empresas que integram a rede da companhia aérea portuguesa, entre elas, a Groundforce e a VEM – Manutenção e Engenharia, sediada no Brasil. O valor da oferta é calculado entre 1.200 e 1.500 milhões de euros, dos quais mais de 1.000 milhões serão direccionados à VEM, que está com um passivo em torno deste montante. Segundo discreta nota publicada pelo Jornal do Commercio (do Brasil), “quem está ajudando o empresário brasileiro-colombiano[-polaco-boliviano(?)] Germán Efromovich a comprar a TAP é o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Miguel Relvas. O ministro tem amigos influentes no Brasil, inclusive José Dirceu”. [...]
O texto acima foi publicado no Bahia Negócios e apesar de conter pelo menos uma incorrecção (no original, a de que o Jornal do Commercio é português) apresenta outros dados como o valor de, pelo menos, mil milhões (ou mais) que serão para pagar à VEM, uma empresa do grupo TAP, sediada no Brasil, país da nacionalidade do presidente da companhia aérea portuguesa, bem como do único interessado na compra da empresa. Quem colocou um estrangeiro à frente da companhia com vista à sua privatização não foi um patriota, e quem estiver disposto a entregá-la ao único forasteiro interessado na sua compra, patriota também não será!
Patriota não é quem manda os portugueses emigrar, patriota não é quem diz que o salário mínimo precisa de autorização dos estrangeiros da Troika para poder ser aumentado, patriota não é quem diz que o imposto das empresas (IRC) só se pode baixar com permissão dos estrangeiros da União Europeia, e patriota também não é quem deixa um povo passar dificuldades em favorecimento de usurários estrangeiros...
Assim como falta de patriotismo demonstraram todos os políticos que têm deixado o país, em maus lençóis, para depois se desresponsabilizarem e viverem de chorudos salários de organizações internacionais, ou simplesmente para estudarem em célebres universidades da Europa... Não é patriota quem está à frente de empresas que escolhem outros países para a sede da firma. Não são patriotas os governantes portugueses que aceitam placidamente que a Senhora da Europa seja a favor da austeridade nos países dos outros, mas não aumente impostos no seu para proteger a classe média em pré-
-campanha eleitoral. Também não é patriótico quem compra submarinos a empresários corruptos mas onde não há prejuízo para o comprador. Enfim, é o país que temos, feito pelo povinho que temos. Venham de lá 10 estádios de futebol que é isso que queremos, pois este é o nosso fado (património)! Alguém pode querer melhor? Impossível! Já temos tudo... até temos brinquedos caros sem pilhas!
Fontes: Expresso